sexta-feira, 1 de abril de 2016

Os códigos das montadoras... Ahhhhhh, os desafios feitos pelos leitores e amigos... Quebrando paradigmas quanto às normas MB 236.10, MB 236.12 e MB 236.14.

Boa noite, meus queridos amigos/leitores!

Recebi uma mensagem, no fórum do site 4x4 Brasil, em que um amigo, leitor deste blog, me alertava para a necessidade de mudança do óleo utilizado na caixa automática do meu carro, um Ssangyong Kyron GLS 2.0 turbodiesel, equipada com câmbio automático de 5 marchas.
Eu, no fórum do site mencionado, deixei claro que fizera a troca do fluido da transmissão automática do Ssangyong em função de ter adquirido o carro zero quilômetro em 2015, mas o veículo ser ano/modelo 2011/2012.
E, também, em função de eu ter mencionado que o fluido, que fora utilizado, tinha sido o DEXRON VI.
Mas, afinal de contas, qual foi o porquê do amigo/leitor ter feito o alerta?
Mais uma vez, meus amigos, volto a dizer uma coisa para todos vocês: Muito cuidado com os códigos das montadoras! Montadoras são definidas como "empresárias", na moderna definição do Código Comercial Brasileiro, e, em função disso, miram lucros gordos... Quanto maiores, melhor!
Meu carro, graças ao bom Deus, é equipado com a chamada "5G-Tronic automatic transmission", fabricada por, nada mais nada menos, que a "senhora" Mercedes-Benz Deutschlands...
Esta transmissão é conhecida também pelo código MB 722.6, no qual o "MB" se refere, obviamente, à Mercedes-Benz.
É uma transmissão muito robusta, eis que muitos modelos top da Mercedes-Benz continuam a usar a mesma. Tal afirmação diz respeito à capacidade de suportar um torque de até 796 lb-ft, ao passo que as modernas "7G-tronic", de sete marchas, dos Mercedes mais novos, suportam só (!!!) 542 lb-ft.
É, de longe, a transmissão menos problemática dos veículos da linha Ssangyong.
Foi utilizada em vários modelos da Chrysler (300 C, Durango, Challenger, Grand Cherokke), à época que a Daimler, grupo que detém a marca Mercedes-Benz, controlava a marca norte-americana, mas a transmissão era, então, denominada NAG1 ou NAT1.
Os Ssangyong Actyon Sports, que utilizavam uma transmissão de 6 marchas, da marca Drivetrain Systems International (DSI) - marca que, por acaso, hoje pertence à chinesa Geely -, receberam, em 2014, a transmissão dos Kyron, de 5 marchas, de origem alemã.
A tal MB 722.6 ou "5G-Tronic".
A explicação para o aparente downgrade no número de marchas foi o seguinte: adotar uma transmissão que não apresentasse falhas e fosse, notadamente, mais confiável e de manutenção mais simples.
Calma aí? Manutenção mais simples? Em uma transmissão de origem Mercedes-Benz?
Pois é, pessoal, a tal "5G-Tronic" não parece, até os dias de hoje, uma transmissão de manutenção simples. Mas, na prática, é! Equipada com cárter, na sua porção inferior, permite manutenção mais ampla e sem a necessidade de ser retirada do veículo ou desmontada por completo.
Retirado o cárter da caixa de marchas, pode-se trocar o filtro de óleo da mesma em poucos minutos...
Muito bom!
Mas é na especificação do fluido hidráulico utilizado que começam os problemas.
A Mercedes-Benz afirma que, para transmissões MB 722.6, o fluido ou óleo hidráulico utilizado deve  atender às especificações MB 236.10 ou superior, até MB 236.14...
E aí? O que quer dizer isso?
Posso usar mesmo o tal fluido DEXRON VI nesta "5G-Tronic"?
Pode!
E vou dizer o porquê?
Os fluidos indicados para as "5G-Tronic" são listados nestes três links, inseridos abaixo:




Pois bem, fui logo conferir quais lubrificante seriam aptos a atender à caixa da minha Kyron, com a eficiência e garantia necessárias à utilização longa e prazerosa do veículo e, de cara, me deparei com algumas marcas de fluidos bem conhecidas.
Era um tal de Mobil, Valvoline, Fuchs, Tutela, Motul, Ravenol e Total da vida, que procurei saber qual era o grande diferencial desses produtos, identificados, muitas vezes, pelo código MB 236.14.
Para mim, era óbvio que, a exemplo do que o grupo PSA (Citroen/Peugeot) fizera com os proprietários de veículos equipados com transmissão AL4, a Mercedes-Benz criara uma espécie de "reserva de mercado" para fluidos identificados pelas suas siglas, dentro da qual poderia vender muito caro aquilo que podia ser comprado barato pelo consumidor.
De fato, o único significado para as siglas adotadas pela Mercedes-Benz, ao meu ver, era o seguinte: "Estes produtos foram aprovados e homologados por nós!"
Para quem duvida do que digo, veja post anterior deste blog, dentro do qual deixo clara a possibilidade de abandonar os fluidos LT71141 e Pentosin, nas transmissões automáticas dos veículos Citroen/Peugeot, em nome da utilização de fluidos mais modernos e baratos, classificados como DEXRON VI.
Mas... E a "5G-Tronic"? Como ficaria a questão da escolha do fluido?
Só serviam mesmo os fluidos com MB 236.10, MB 236.12 e MB 236.14 lançados nas embalagens?
Em comum, observei que os índices de viscosidade desses fluidos estavam, sempre, na faixa compreendida entre 180 e 185, e que as viscosidades cinemáticas, nas temperaturas de 40ºC e 100ºC eram, normalmente, de 35 cSt e de 7 cSt, respectivamente.
Valores que, na maioria dos casos, eram puco mais altos que os encontrados no fluido produzido pela AC Delco e Havoline, dentro da classificação DEXRON VI.
A Mercdes-Benz atribuía, às normas MB 236.10, MB 236.12 e MB 236.14, as seguintes características: Maior eficiência para redução do consumo de combustível e maior estabilidade quanto ao coeficiente de fricção.
Eram dados comuns para os fluidos assim classificados.
Mas continuei a pesquisar... Aquilo ali não era suficiente para me convencer que tinha de optar por fluidos caros e que não teriam qualquer diferencial no que concerne a um bom e barato DEXRON VI.
A alemã Febi Bilstein, cuja embalagem de fluido ATF é a imagem inaugural deste post, listava um dos seus produtos, classificado como fluido 22806, como um "Fluido Universal" e, que em razão disso, usava a denominação "Recommended Applications MB 236.1, 236.6, 236.7. 236.9, 236.10".
Espera aí! No meio dessas classificações, tinha muito óleo, de muito fabricante famoso, classificado como DEXRON III!
O fluido da Febi, aliás, era um produto classificado como DEXRON III/DEXRON III-H...



Ora, ora! Se um fluido qualquer, com classificação DEXRON VI, substituía com vantagens várias todas as classificações anteriores DEXRON III (incluido, aí, a DEXRON III-H), como as classificações MB 236.10, MB 236.12 e MB 236.14 podiam afirmar, categoricamente, que os fluidos DEXRON VI não serviriam nas transmissões MB 722.6?
Enfim, continuei com a pesquisa!
Não estava satisfeito com estas primeiras conclusões...
Era um tal de ouvir, de "mexânicos" oficiais, que "fluidos que não observem às especificações MB vão detonar com as placas eletrônicas internas das caixas de marcha 722.6", que resolvi seguir em frente e desmistificar a classificação "Golden cock of galaxies" (desculpem o vocabulário, mas a tradução para o que acabei de escrever é "Pica das Galáxias"...) da Mercedes-Benz.
Eu queria, à época que adquiri o Ssangyong Kyron, mudar todo o óleo da transmissão, mas queria algo bom e barato, com eficiência garantida na ransmissão de 5 marchas. Eu não queria gastar os tubos apenas para dizer que "está tudo original, conforme quer a Ssangyong ou a Mercedes-Benz".
Sempre desconfiei de classificações específicas de fabricantes, eis que os valores cobrados pelos produtos que se enquadravam nas tais "normas dos fabricantes" tinham sempre um valor absurdamente alto, se comparado a similares ou, até mesmo, acaso confrontados a si mesmos, só que quando expostos no mercado de reposição, e desprovidos do selo de originalidade.
Fui verificar, então, a opção de muitos proprietários de Mercedes-Benz no exterior, que estavam utilizando, com sucesso, o fluido ATF MaxLife, da Valvoline, que atende às transmissões NAG1, da Chrysler.
Mas, espera aí! A transmissão NAG1 da Chrysler não era e é exatamente a definição da transmissão MB 722.6, quando utilizada nos veículos da marca norte-americana?
Sim, isso mesmo!
E, curiosamente, o MaxLife, da Valvoline é um fluido que atende às especificações DEXRON VI, com viscosidades cinemáticas, aos 40ºC e aos 100ºC, muito parecidas com a do fluido DEXRON VI da AC Delco, vendido a um bom preço no Brasil. E uma coisa para mim já era certeza fazia muito tempo: para um fluido atender, simultaneamente DEXRON II, III e VI, bastava ele ser DEXRON VI...
O índice de viscosidade do MaxLife é de, aproximadamente, 156, contra os, em média, 180/185, dos fluidos MB 236.10, MB 236.12 e MB 236.14... 
Como pode o Valvoline MaxLife ser indicado para uma transmissão MB 722.6, quando utilizada em um veículo Chrysler, quando não está especificado que deveria atender também às normas da Mercedes-Benz?
Perceba uma coisa, leitor/amigo: Tem coisa aí!
Eu já sabia, àquela altura, de uma coisa: posso utilizar o MaxLife na transmissão da minha Kyron.
Não estava mais preso à lista fechada da Mercedes-Benz.
Oba!
Uma outra observação que fiz foi com relação à utilização dos fluidos do tipo ATF+4 nos veículos Grand Cherokee (entre os anos de 2002 e 2012), Dodge Durango, Challenger e Crossfire, da Chrysler americana, e que utilizavam as transmissões da Mercedes-Benz 722.6. 
Aparentemente, os fluidos ATF+4 são, na verdade, fluidos DEXRON III, mas com pequenas diferenças nos aditivos modificadores de fricção e incrementos na estabilidade térmica.
Realmente, as siglas MB 236.10, MB 236.12 e 236.14 estavam começando a fazer, cada vez mais, menos sentido para mim...
Mais uma evidência de que as siglas MB 236.10 e MB 236.12 queriam, na verdade, apenas esconder as conhecidas classificações DEXRON III - G e DEXRON III-H veio em um anúncio, feito por um site dedicado à comercialização de peças para veículos da Mercedes-Benz, dentro do qual o fluido de transmissão, que atendia às especificações de fábrica para a transmissão 722.6, era um mero DEXRON III, conforme demonstra o link abaixo:


Para mim, era chegada a hora de desmistificar as siglas apregoadas pela montadora alemã.
A caixa de câmbio da minha Kyron, recém comprada, mesmo com apenas 300 quilômetros rodados no hodômetro, já tinha um fluido vencido, que estava a mais de quatro anos ali, de modo que eu precisava sanar logo minhas dúvidas e fazer a substituição do óleo e do filtro da caixa de marcha.
O código, contido na embalagem do fluido ofertado no site supramencionado, se referia expressamente à norma MB 236.14, que é a mais recente para a aplicação de fluidos nas transmissões MB 772.6.
Basta pesquisar, na internet, pelo código A 001 989 68 03 10 - que é o utilizado pela Mercedes-Benz para definir a peça de reposição original -  e verificar que o mesmo diz respeito à norma MB 236.14 e, diretamente, ao tal fluido DEXRON III-G/DEXRON-H ofertado...
Bom, naquele momento eu já sabia que a norma MB 236.14, a mais recente para as transmissões MB 722.6, se referia, na verdade, a fluidos classificados como DEXRON III-G ou DEXRON III-H.
Olhem só, leitores! Vejam como a coisa evoluiu desde o início deste post!
Assim, eu já podia ficar mais tranquilo quanto à utilização de um fluido mais moderno, de classificação DEXRON VI na minha Kyron GLS novinha.
E foi o que fiz!
Em uma tarde de sol de um sábado, do mês de julho de 2015, retirei o cárter da caixa de marcha da Ssangyong, já com uma caixa cheia de fluidos de classificação DEXRON VI, um filtro de óleo novinho em folha e uma junta nova, do cárter da caixa, ao meu lado, e fiz a substiuição do óleo in totum.
Até hoje, dia 1º de abril de 2016, após mais de 13.000 quilômetros rodados, minha "5G-Tronic" funciona perfeitamente, com suavidade e silêncio nas trocas de marcha. E não estou me valendo do chamado "Dia da mentira", OK!
Isto, graças ao uso de um fluido muito superior ao prescrito pela Mercedes-Benz.
E bem mais barato também!
A pesquisa faz bem para a mente e, de quebra, nos faz economizar muito ($$$)! A única coisa que não quero economizar é o meu raciocínio!!!
E vamos que vamos, com mais este post!

Um abraço a todos,
Xamã do Brasil.

26 comentários:

  1. Ótimo post Eduardo ! Caro amigo, ainda não tive a oportunidade de passar o Pallas pelo Lexia 3, mas asseguro que, mesmo assim, tenho um outro carro em mãos. Com um AL4 cheinho de DEXRON VI efetuando mudanças de marcha que até agora nunca tinha desfrutado. Muito Obrigado pelo Blog. Abração !

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado, Ícaro! Queria ter feito mais pelo teu Pallas, como te oferecer uma troca de fluido completa pela máquina. Mas, se der, ainda vamos fazer! Que bom que o carro está em ordem e ficou muito mais macio. Isso é o que vale! Peço que continue a divulgar o blog, pois, em breve, inauguro o canal de vídeo lá no Youtube.

      Excluir
  2. Olá Eduardo... ja fiz essa pergunta em outro post mas vou completar mais aqui... Será que vc pode tirar minha dúvida? Comprei uma VW Tiguan 10/11 com o câmbio tiptronic de 6 marchas 09G ou 09M (ambos usam o mesmo oleo especificado pela vw) mas não tenho ctza qual dos dois modelos é... ela esta com 69 mil km e resolvi por prevenção trocar o óleo e o filtro da Cx de marchas... levei num mecânico que só mexe com câmbio e diferencial... ele fez um preço justo mas usou este fluido da acdelco o Dexron vi... ele disse q eh melhor que o fluido especificado pela vw, que eu podia ficar tranquilo... estou encucado, já pesquisei em N fóruns da net, até gringos e ninguem aplica o dexron vi da acdelco nessa Cx de marchas da aisin warner (fabricante), somente fluidos compatíveis com a especificação audi/vw G 055 025 A2 (o mecânico disse que esse fluido eh um tipo de dexron III e por isso não tinha com o que me preço ar, ele só fez eu economizar uns bons reais)... Será que vc pode tirar essa pulga detrás da minha orelha? Estou preocupado se essa caixa der problema eh caixão... Obrigado desde já... e parabéns pelos esclarecimentos

    ResponderExcluir
  3. Vinícius Zamai, boa noite! Mil desculpas pela demora em te responder, mas pode ficar tranquilo quanto ao fluido DEXRON VI utilizado.
    O fluido identificado pelo código Audi G 055 025 A2, comumente utilizado nestas transmissões, que nada mais são do que as Aisin/Warner TF-60/62SN, é um fluido do tipo DEXRON III, pois também é um fluido que atende às especificações JWS3309 e Toyota T-IV. Digo, com segurança isso, pois as siglas foram criadas para limitar as opções para o consumidor e incrementar os lucros das petrolíferas e dos fabricantes dos veículos. De fato, se a tua transmissão está utilizando um DEXRON VI, nada de mal pode acontecer a ela. Trata-se de produto muito superior ao que era utilizado antes, originalmente. É difícil acreditar no que vou te dizer, mas veja o que a Toyota fez: Entre os anos de 2000 e 2002, aconselhou o uso de fluido DEXRON III (base) para as transmissões A245E. Em 2003, para a mesmíssima transmissão A245E dos Corolla, passou a exigir o uso de fluido que atendesse unicamente à especificação Toyota T-IV... E vc não imagina como os valores subiram... Fique tranquilo! O Fluido AC Delco é, na verdade, o Mobil semissintético DEXRON VI, de excelente qualidade!

    ResponderExcluir
  4. Obrigado mais uma vez pelo esclarecimento... grande abraço e parabéns pelo blog!!! Vou abusar mais um pouco de vc... tem um óleo que precisa ser trocado na minha Tiguan... da embreagem Haldex, uma caixa de discos que fica no diferencial... estou pesquisando muito tbm a respeito dele mas ninguém da uma alternativa a não ser os originais vw G 052 175, G 055 175 e G 060 175.... alem das bisnagas da land rover tbm... vc tem alguma indicação que possa usar neste caso fora os originais?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro Vinícius, estou escrevendo um post novo apenas para esclarecer estas tuas dúvidas quanto às embreagens Haldex, OK!?! Já, já, vem novidade aí!

      Excluir
    2. Opa... estou aguardando!!! Grato pelo apoio

      Excluir
  5. Amigo, comprei uma Kyron e estou meio arrependido da compra. Encontrei um grupo no bendito zapzap que ta me deixando mais tranquilo. O que ainda me aflinge é o alto preço das peças e fluidos. Ela ta com 165 mil km e sem histórico de manutenções. Por isso quero trocar os fluidos, mas sem comprometer meu salário. Assim, peço que me informe a marca comercial do fluido que você usou na sua transmissão automática, pois o tal do fuchs 4134 da MB ta muito caro. A única rede social que tenho é o watzap e email. Mas queria muito conversar com você sobre a Kyron, para que eu possa ir me apegando mais ao carro. Aguardo resposta sobre o fluido. Se possível, informe também onde você comprou o filtro.

    ResponderExcluir
  6. Prezado amigo, o óleo/fluido que usei na transmissão do meu Kyron GLS foi o DEXRON VI, fabricado pela Mobil. É um fluido semissintético e que é equipamento de linha das transmissões de seis marchas dos GM, podendo ser adquirido facilmente em concessionários ou no Mercado Livre, por preços bem competitivos. O filtro de óleo foi comprado no mercado livre e é original dos Mercedes-Benz que usam a caixa 5G-Tronic, que é a utilizada pelo Kyron. Não tem dificuldade! Fique à vontade para perguntar. Ando sumido porque passei pela experiência do Zika vírus e me acabei, mas já tô de volta.

    ResponderExcluir
  7. Opa. Obrigado pela resposta. No meu comentario (anterior ao seu) meu nome não apareceu. Sou Jordano. Mandei o mesmo comentario no seu facebook como mensagem. E estou ainda meio perdido com o kyron. Espero que voce continue postando mais informções sobre esse carro para nos amparar no uso do mesmo no dia a dia. Depois da troca do oleo voce ja passou por alguma situação onde o carro perde força momentaneamente e entra em modo de segurança? Outra dúvida: como voce afere o nivel do oleo do cambio? Voce comprou a vareta ou usa alguma vareta alternativa? Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Jordano! Vamos lá: Depois que retirei o carter do câmbio 5G-Tronic, não ficou óleo nenhum lá dentro, além do que permanece no conversor de torque. Fiz o enchimento do câmbio conforme preconiza o manual para os casos de drenagem sem desmontagem completa, de modo que renovei o óleo com mais duas drenagens subsequentes e abastecimentos seguidos. Como medi o nível? Simples: medi a quantidade de óleo que desceu do câmbio quando retirei o cárter... Medi a quantidae de óleo que ficou dentro da bacia que utilizei. Fui utilizando garrafas pet para medir a quantidade de óleo retirada da caixa e, depois, adicionei o mesmo. Como havia retirado do carro do concessionário zero quilômetro e fazia pouco tempo que estava rodando, fiquei despreocupado no que concerne a vazamentos e baixa do nível do fluido. Deixo claro que, se a caixa não apresentar vazamentos, não deve haver a preocupação em aferir o nível da mesma. De um modo geral, é uma caixa que não apresenta problemas cedo ou com baixa quilometragem, a exemplo do que ocorre com as caixas de 6 marchas dos Actyon Sports que, diga-se de passagem, é boa, mas necessita de mais trocas de fluido em menos tempo para não apresentar o entupimento do filtro e as oscilações de pressão que aleram seu modo de trabalho. Só isso. Sobre a súbita perda de potência, verifique, por favor, a turbina do motor de 141 cv e, em especial, a waste gate, que é a válvula de pressão da mesma. É muito comum, nestes carros, problemas nesta válvula e a superveniência de perdas de potência súbitas, seguidas de imediatas melhoras do motor. Um simples check com scanner nã é capaz de resolver o problema, mas pode indicar perda de pressão do turbo e te mostrar o caminho a ser seguido. No mais, o Kyron é um carrão!

      Excluir
  8. Fala Eduardo! cara parabéns pelos posts,
    te acompanho desde quando vc abriu o tópico sobre a caixa al4 no ccdob, cara qual a relação de anéis de vedação e outros componentes que tenho que trocar ao efetuar a troca de oléo da caixa al4? eu fiz um troca a mais ou menos 2 anos (20.000 km) pelo dexron vi o mecânico fez o controle de nível só que não zerei os contadores nem troquei os aneis, agora a caixa ta dando umas travadas de vez em quando.

    Obrigado cara! abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite, Marcelo!
      Rapaz, tenho demorado muito a responder, pois tenho estudado uns temas complicados para postar aqui.
      Vamos lá: Se estas "travadas", de vez em quando, são trancos nas passagens de marcha, experimenta um "update" de software, via telecarregamento, antes de mexer na caixa propriamente dita. Pergunto: Teu câmbio está trocando de 3ª para 4ª marcha aos 67km/h ou aos 58 km/h. Se estiver trocando aos 67/70 km/h, a versão do software é a desatualizada, antes de 2011, que traz ainda pequenos trancos nas mudanças de marcha quando do envelhecimento da caixa. Pede para fazerem a atualização do software, pois o câmbio tornará o carro mais econômico em uso normal, com trocas de marcha em velocidades mais baixas, e propiciará mudanças de marcha mais suaves. Outra coisa, quando há perda de pressão em função da falência dos anéis de vedação da AL4, os trancos são muito perceptíveis, notadamente de 1ª para 2ª e há nítida sensação de que o câmbio está "patinando", o que não é comum aos AL4. Outra coisa que costuma acontecer é o seguinte: Com o carro parado, se acelera para sair e nada acontece e, de repente, o carro dá um salto para frente, sem controle. Me fala mais sobre o que está acontecendo com o carro. Aguardo tua resposta, meu querido. Obrigado por confiar a mim as tuas dúvidas... Um abraço grande!

      Excluir
    2. Bom dia Eduardo!
      Obrigado pela resposta cara!
      Seguinte eu gosto de usar ele no manual (tip tronic) vou ver essa questão que vc disse da troca da 3ª pra 4ª com ele no automático.
      Quando ele ta frio a troca da 1ª para 2ª da uma patinada, mas depois de uns 5 min fica normal, quando o carro ta quente perto dos 95 a 100 graus ele da trancos as vezes da 1ª para 2ª.
      Eu fiz uma troca um tempo atrás, coloquei o dexrom vi, foi só troca de óleo.
      Abraços!

      Excluir
    3. Marcelo, parece que a caixa já está apresentando perda de pressão ou já há problemas na solenóide reguladora de pressão. Verifique, antes de mexer na caixa, se não há código de erros no "Jornal de Defeitos" da BSI do teu Citroen. A leitura desses códigos é feita com o Lexia. Se não houver códigos de defeitos, verifique a pressão da caixa em macha - lenta, pois deve oscilar entre 2,55 e 2,80 bars. Abaixo disso, já há algo errado.

      Excluir
  9. Boa tarde, quanto a cx da Ssangyong Actyon Sports DSI 06 marchas, o fluido recomendado é Caltex 1712 e TITAN 3292, só que no mercado brasileiro não está sendo encontrado. Você conhece algum que possa substituir este óleo? qual poderia usar no lugar destes recomendado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado Rafael, boa noite!
      Olha, em analisando o fluido Caltex 1712 e o Titan 3292, achei que a única diferença substancial dos dois, em relação aos demais fluidos DEXRON III-G ou DEXRON III - H, foi o fato de ambos terem como base polialfaolefinas, ou seja, o fato de serem fluidos com base de classe VI ou PAO. Provavelmente, foram formulados assim, com base parecida com a do óleo lubrificante Mobil 1, para apresentarem maior resistência à oxidação e maior resistência ao calor. Conforme verifiquei também, há diversos fluidos do tipo "multivehicle" no mercado internacional, e que, em verdade, não passam de fluidos DEXRON VI, que são compatíveis com as especificações Caltex e Titan, de modo que recomendo a utilização nesta caixa DSI apenas de fluidos DEXRON VI. Estes fluidos, ao contrário do que se pode pensar, são muito superiores aos fluidos de qualquer tipo, ainda classificados como DEXRON III. Ante o que observei, em pesquisas que fiz na internet, os Caltex 1712 e Titan são, novamente, casos de fluidos DEXRON III modificados, mas com denominação específica para constituírem verdadeiras "reservas de mercado" de seus fabricantes, de modo que não vejo problema algum na utilização de um DEXRON VI na caixa DSI. Estou utilizando este fluido na transmissão do meu Kyron sem que a mesma tenha, até o presente momento, apresentado qualquer problema. Muito pelo contrário, a caixa vem apresentando funcionamento muito suave. O tema é interessante e penso em escrever sobre as pesquisas que fiz, no teu caso específico, em um tópico próprio.

      Excluir
  10. Olá Eduardo, parabéns pelo post!

    Tira uma dúvida, fazendo favor. Tenho um citreon c4, e vejo que você indica o Desron 6 pra transmissão.
    Pode ser de qualquer marca? E deve ser sintético ou semi-sintético?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde!
      Pode ser de qualquer marca, desde que seja DEXRON VI.
      Gosto dos Havoline.
      De preferência, use sintéticos, pois há um aumento considerável de resistência em momento de stress mecânico.
      Os semissintéticos da GM (Mobil), são bons e têm preço baixo, o que melhora em muito a questão do custo x benefício.
      Faça a troca e garanta um bom funcionamento do AL4.
      Um abraço grande!

      Excluir
  11. Boa noite Eduardo, tenho uma Kyron q2.7 com caixa 722.6 e a orientação é de que use o óleo Titan atf 4134... Porém pelo que entendi se usar óleo dexRon VI também tem a mesa eficiência... Como o valvoline dexRon 6

    ResponderExcluir
  12. Eduardo tenho uma kyron de câmbio de 5 marchas posso usar o descriminação vI da móbil ?

    ResponderExcluir
  13. Boa tarde quero trocar o óleo da minha ssangyong actyon 2010, 2.3 gasolina , automática de 6 marchas , mas não sei qual óleo utilizar, você poderia me ajudar e descreve um óleo mais barato, Quantidade que devo usar também

    ResponderExcluir
  14. Bom dia, como saber se o cambio da minha Actyon Sports é o m78 ou o novo da mercedes?

    ResponderExcluir
  15. Estamos em 2020, como está a transmissão?

    ResponderExcluir