Boa tarde, meus amigos!
Domingão aí, já é início de tarde e está na hora de conversarmos mais um pouco.
Reconheço que exagerei na complexidade do post anterior...
Me animei com os vídeos, com as animações que mostravam o funcionamento das engrenagens epicicloidais, e fui longe.
Mas o universo dos câmbios automáticos veio mais para perto das nossas mentes, não foi?
Acho que ficou mais fácil entender o funcionamento das transmissões que, hoje, cada vez, mais, equipam nossos automóveis.
Acho que ficou mais fácil entender o funcionamento das transmissões que, hoje, cada vez, mais, equipam nossos automóveis.
Vou, no entanto, tratar dos assuntos com mais calma, eu prometo!
Comecei a falar de transmissões automáticas lá nos primórdios do blog e, se bem me lembro, abordei o tema com foco na maneira pela qual o proprietário de um carro, com este tipo específico de transmissão, teria de economizar uns bons trocados ao fazer a manutenção preventiva da caixa de marcha.
Bom, há uma forma de economizar muito quanto o tema é transmissão automática e basta que o proprietário troque, com certa regularidade, o fluido hidráulico responsável pelo funcionamento da transmissão para que o componente, como um todo, tenha sua vida útil prolongada.
Pronto! Falei!
Mas... E aí? Como se faz isso? Qual é o fluido hidráulico adequado para a transmissão do carro que o leitor possui? Qual fluido trará benefícios reais para a transmissão automática?
Meus amigos, hoje a coisa está muito mais fácil...
Podem acreditar.
Para quem abre o manual de instruções do automóvel do qual é proprietário e lê algo do tipo "DEXRON II", "DEXRON III", "DEXRON III-G", DEXRON III-H", "LT71141" ou, até mesmo, "DEXRON VI", a dica é uma só: substitua o fluido pelo que há de mais moderno.
E o que é o "mais moderno"?
É o fluido de classificação "DEXRON VI".
Espera aí, Xamã! Como é que é isso? Eu sempre ouvi que o fluido tinha de ser o que estava especificado no manual do proprietário e você aparece, agora, do nada, e me diz que posso substituir o fluido especificado pela fábrica por um outro?
Que negócio é esse?
Outra coisa: Com qual regularidade eu troco o tal fluido? Anualmente? Semestralmente? Com que quilometragem eu mudo o óleo?
Eu disse que seria didático. Por conta disso, não se desespere ao ler termos técnicos e achar que não sabe mais nada sobre o tema que é alvo de discorrimento.
Vou explicar a partir de agora e peço que o amigo leitor preste muita atenção.
Sempre tive, em minha mente, a noção de que, dos lubrificantes que conhecia, o mais complicado de ser produzido talvez fosse exatamente o óleo das transmissões automáticas. Por uma lado, o fluido tinha que impedir o atrito entre as partes/peças metálicas, criando um filme entre estas partes que impedisse o atrito/contato direto, e, por outro, devia permitir o acoplamento de discos de fricção internos, sem permitir o escorregamento entre eles.
James Dickey, um americano que foi consultor de lubrificantes por mais de 40 anos na Exxon, afirmava o que eu há pouco disse.
Deixando, porém, os pensamentos que voam de lado, passemos ao assunto propriamente dito:
As transmissões automáticas, até o ano de 2006, contavam com vários tipos de fluido hidráulico para o correto desempenho de suas funções.
A origem da classificação dos fluidos hidráulicos remonta o longínquo ano de 1949, quando a General Motors norte-americana adotou a classificação "Type - A" nos fluidos utilizados nas transmissões automáticas Dynaflow, dos carros fabricados pela sua divisão Buick, em 1948.
Mais tarde, em 1957, surgia o "Type -A, Sufix - A" (TASA), que foi sucedido pelo fluido com a primeira classificação "DEXRON", em 1967.
Peço aos amigos que percebam que são clasificações todas adotadas por um único fabricante de veículos. No caso, a General Motors...
A Ford e a Chrysler norte-americanas adotaram classificações próprias de fluidos de transmissões automáticas e este será um assunto que abordaremos mais à frente. Há muitos proprietários de veículos Ford que acessarão este blog e se perguntarão o porquê de eu não estar falando da classificação "MERCON" aqui,
Bem, fiquem tranquilos!
Falaremos, em breve, dos "MERCON", do histório dos mesmos e das suas características físico-químicas, a exemplo do que faço agora com os fluidos de classificação "DEXRON".
Abordo o tema da forma como faço, pois é preciso honrar as promessas feitas quando comecei a falar das caixas de marcha automáticas, lá no dia 09 de novembro de 2015.
Já vimos que a classificação "DEXRON" surgiu em 1967.
Em 1972, surgia a classificação "DEXRON II", logo sucedida pela classificação "DEXRON II-D", em 1975, haja vista a adição de novos componentes químicos, modificadores do coeficiente de fricção, ter levado o primeiro fluido "DEXRON II" a apresentar problemas de corrosão/oxidação nos trocadores de calor das transmissões automáticas dos veículos GM. No fluido "DEXRON II-D" foram adicionados aditivos inibidores de corrosão, portanto.
Ainda surgiria uma classificação "DEXRON II-E" (GM specification number 6137M), no ano de 1991, com aditivação específica para conter o excessivo efeito higroscópico dos fluidos de transmissão e, em razão disso, aumentar a longevidade dos mesmos.
Em 1993, aparece a primeira classificação "DEXRON III" (Código GM6417M, mais tarde substituído por GMN 10055).
O fluido "DEXRON III", além de ser mais avançado quimicamente, era mais resistente ao desgaste que todas as classificaçoes anteriores, porém com elas compatível. Assim, quem usava fluido de classificação "DEXRON II", podia usar tranquilamente o fluido "DEXRON III", com vantagens evidentes de durabilidade e longevidade, em suas caixas automáticas.
Eu mesmo, caro leitor, quando via que as classificações dos fluidos de direção hidráulica dos meus saudosos Chevrolet Corsa (2008) e Vectra (2009) ainda eram "DEXRON II", fazia a substituição dos mesmos por fluidos de clasificação "DEXRON III", sem quaisquer preocupações.
E, modéstia parte, o serviço ficava bom... Muito bom!
Mas surgiram variações por sobre a classificação "DEXRON III" e, aí, a coisa começou a complicar.
Muitos fabricantes, a exemplo do que fizera a GM lá em 1949, começaram a criar nomes próprios para os seus fluidos de transmissões automáticas, deixando os proprietários dos seus automóveis com uma, duas ou várias pulgas atrás da orelha na hora da substituição dos respectivos fluidos.
Vou dar um exemplo: o grupo PSA, que engloba as marcas frencesas Peugeot e Citroen, adotou, nas transmissões automáticas de seus veículos, um fluido classificado como "LT71141". O óleo foi produzido primeiro pela Esso e, depois, passou a ser produzido pela Mobil. Eu mesmo, após pesquisar muito, cheguei à conclusão de que o caríssimo "LT71141" não passava de um fluido comum, de classificação "DEXRON III-H", mas com coloração marron, para os carros fabricados pelo supramencionado grupo.
Olha a confusão aí!
A própria Toyota adotou classificação própria, denominando seus fluidos de transmissão automática com as siglas "T-IV" e "JWS 3309"...
Obviamente, o tal fluido "LT77141" da Peugeot/Citroen podia, realmente, conter mais diferenças, em termos de aditivação, além das que mencionei, mas todas as pesquisas que realizei à época - corria o ano de 2012 - me levaram à conclusão de que a classificação específica tinha motivos muito mais ligados ao aspecto financeiro ($$$) do que propriamente técnicos.
Não foi apenas esta derivação da classificação "DEXRON III" que surgiu.
Antes mesmo de existir o "DEXRON III - H" (lançado em 2003...), existiram o "DEXRON III-F" (1994) e o "DEXRON III-G" (1997). Se não me engano, foram variações que surgiram sempre com mudanças na aditivação e que tinham, como principal objetivo, uma maior vida longa das transmissões, com menores formação de espuma e oxidação e maior estabilidade quanto à manutenção do coeficiente de atrito proporcionado aos discos de fricção.
A novidade aparece com o fluido "DEXRON VI", que surge em fins de 2005, já como equipamento padrão das transmissões da General Motors para o ano de 2006.
A nova classificação surge para substituir a última classificação vigente, que era a "DEXRON III-H"...
As licenças/classificações todas anteriores, notadamente as variações que sucederam à primeira classificação "DEXRON III", expiram no ano de 2006 e a própria General Motors aparece para resolver a questão ao afirmar o seguinte, categoricamente: "O fluido DEXRON VI é compatível com todas as formulações anteriores e as substitui sem problemas!".
Acabara o problema dos proprietários de veículos equipados com caixas de marcha automáticas, no que concerne à definição do fluido ideal.
Os custos também caíram de maneira substancial.
Em um passado recente, obviamente em se aproveitando da extensa gama de fluidos existentes, os fabricantes e comerciantes "caprichavam" nos valores cobrados por fluidos claramente ultrapassados, mas específicos para cada tipo de transmissão. No caso dos carros do grupo PSA (Citroen/Peugeot), era comum ouvir que "acaso não fosse utilizado o fluido LT71141 ou o Pentosin ATF1, a transmissão seria destruída". Pior ainda eram os valores cobrados pelo tal fluido "DEXRON III-H", de cor marrom ou caramelo, que era utilizado pelas tais transmissões francesas.
Assim foi por muito tempo, meus amigos.
Era triste mexer nos carros e gastar o que se gastava, sem se ater para a existência de algo melhor e muito, mas muito mais barato.
Hoje, porém, não há mais dúvidas.
Se está escrito no manual do carro que o óleo utilizado é um "DEXRON II" ou "DEXRON III", incluídas aí todas as variações existentes dentro dos dois universos citados, fique tranquilo e vá a uma loja comprar fluidos "DEXRON VI", pois as transmissões automáticas agradecerão.
O mesmo vale para os circuitos hidráulicos das direções hidráulicas, que usam também fluidos de classificação "DEXRON".
Testes realizados já por institutos conceituados mostraram que as vantagens do "DEXRON VI" sobre a antiga classificação "DEXRON III" são muito maiores dos que as que podiam ser esperar, dentro de um quadro evolutivo.
Um moderno fluido "DEXRON VI", como o utilizado pelas caixas de marcha dos modelos fabricados pela General Motors a partir de 2006, nos EUA, e a partir de setembro de 2008, no Brasil, quando foram iniciadas as vendas ao público dos Chevrolet Captiva V6 - que já eram equipados com transmissão automática de 6 marchas -, apresenta 100% de melhora no coeficiente de fricção se comparado a um "DEXRON III", 120% de melhora na durabilidade dos discos de fricção - verdadeiras embreagens das transmissões automáticas -, 150% de melhora no que concerne à formação de espuma e 100% de melhora quanto à oxidação do fluido no decorrer do tempo.
Há, ainda, que se falar que um fluido "DEXRON VI" demora muito, mas muito mais tempo para perder sua viscosidade acaso comparado a um "DEXRON III" comum...
Em suma, o "DEXRON VI" dá um "banho" em todos os quesitos!
Os dados não foram inventados e podem ser obtidos com facilidade na internet.
Pergunta que jaz não respondida: Será que ainda resta alguma razão para alguém preferir um fluido "DEXRON III" à utilização do "DEXRON VI"?
Resposta: É óbvio que não!
Mas e a questão da regularidade da troca? Como fica?
Substitua o fluido da transmissão a cada 40.000 ou 45.000 quilômetros rodados, independentemente do tempo ou período do óleo, e seja feliz. Mas, se a questão for o tempo e não a quilometragem percorrida, não deixe que o fluido permaneça na caixa, mesmo que o carro não esteja rodando, por mais do que quatro anos, eis que já se constitui um período limítrofe para a oxidação do lubrificante.
Se a transmissão permitir a troca do filtro interno de óleo, faça a substituição do elemento filtrante juntamente com a mudança do óleo, mas deixemos este assunto para uma outra ocasião.
Em um post futuro, falarei como é feita a troca do fluido em sua inteireza e sobre a existência de um filtro interno nas transmissões automáticas, OK!
Por hoje, acho que já enchi a mente dos meus amigos com muitas informações e já deixei claro uma coisa: Fluido bom para as transmissões que usavam óleos de classificação "DEXRON", é o "DEXRON VI".
Um abraço a todos e desejo uma semana iluminada, cheia de boas e importantes realizações, para os meus amigos leitores.
Valeu!
Xamã do Brasil.
Meus amigos, hoje a coisa está muito mais fácil...
Podem acreditar.
Para quem abre o manual de instruções do automóvel do qual é proprietário e lê algo do tipo "DEXRON II", "DEXRON III", "DEXRON III-G", DEXRON III-H", "LT71141" ou, até mesmo, "DEXRON VI", a dica é uma só: substitua o fluido pelo que há de mais moderno.
E o que é o "mais moderno"?
É o fluido de classificação "DEXRON VI".
Espera aí, Xamã! Como é que é isso? Eu sempre ouvi que o fluido tinha de ser o que estava especificado no manual do proprietário e você aparece, agora, do nada, e me diz que posso substituir o fluido especificado pela fábrica por um outro?
Que negócio é esse?
Outra coisa: Com qual regularidade eu troco o tal fluido? Anualmente? Semestralmente? Com que quilometragem eu mudo o óleo?
Eu disse que seria didático. Por conta disso, não se desespere ao ler termos técnicos e achar que não sabe mais nada sobre o tema que é alvo de discorrimento.
Vou explicar a partir de agora e peço que o amigo leitor preste muita atenção.
Sempre tive, em minha mente, a noção de que, dos lubrificantes que conhecia, o mais complicado de ser produzido talvez fosse exatamente o óleo das transmissões automáticas. Por uma lado, o fluido tinha que impedir o atrito entre as partes/peças metálicas, criando um filme entre estas partes que impedisse o atrito/contato direto, e, por outro, devia permitir o acoplamento de discos de fricção internos, sem permitir o escorregamento entre eles.
James Dickey, um americano que foi consultor de lubrificantes por mais de 40 anos na Exxon, afirmava o que eu há pouco disse.
Deixando, porém, os pensamentos que voam de lado, passemos ao assunto propriamente dito:
As transmissões automáticas, até o ano de 2006, contavam com vários tipos de fluido hidráulico para o correto desempenho de suas funções.
A origem da classificação dos fluidos hidráulicos remonta o longínquo ano de 1949, quando a General Motors norte-americana adotou a classificação "Type - A" nos fluidos utilizados nas transmissões automáticas Dynaflow, dos carros fabricados pela sua divisão Buick, em 1948.
Mais tarde, em 1957, surgia o "Type -A, Sufix - A" (TASA), que foi sucedido pelo fluido com a primeira classificação "DEXRON", em 1967.
Peço aos amigos que percebam que são clasificações todas adotadas por um único fabricante de veículos. No caso, a General Motors...
A Ford e a Chrysler norte-americanas adotaram classificações próprias de fluidos de transmissões automáticas e este será um assunto que abordaremos mais à frente. Há muitos proprietários de veículos Ford que acessarão este blog e se perguntarão o porquê de eu não estar falando da classificação "MERCON" aqui,
Bem, fiquem tranquilos!
Falaremos, em breve, dos "MERCON", do histório dos mesmos e das suas características físico-químicas, a exemplo do que faço agora com os fluidos de classificação "DEXRON".
Abordo o tema da forma como faço, pois é preciso honrar as promessas feitas quando comecei a falar das caixas de marcha automáticas, lá no dia 09 de novembro de 2015.
Já vimos que a classificação "DEXRON" surgiu em 1967.
Em 1972, surgia a classificação "DEXRON II", logo sucedida pela classificação "DEXRON II-D", em 1975, haja vista a adição de novos componentes químicos, modificadores do coeficiente de fricção, ter levado o primeiro fluido "DEXRON II" a apresentar problemas de corrosão/oxidação nos trocadores de calor das transmissões automáticas dos veículos GM. No fluido "DEXRON II-D" foram adicionados aditivos inibidores de corrosão, portanto.
Ainda surgiria uma classificação "DEXRON II-E" (GM specification number 6137M), no ano de 1991, com aditivação específica para conter o excessivo efeito higroscópico dos fluidos de transmissão e, em razão disso, aumentar a longevidade dos mesmos.
Em 1993, aparece a primeira classificação "DEXRON III" (Código GM6417M, mais tarde substituído por GMN 10055).
O fluido "DEXRON III", além de ser mais avançado quimicamente, era mais resistente ao desgaste que todas as classificaçoes anteriores, porém com elas compatível. Assim, quem usava fluido de classificação "DEXRON II", podia usar tranquilamente o fluido "DEXRON III", com vantagens evidentes de durabilidade e longevidade, em suas caixas automáticas.
Eu mesmo, caro leitor, quando via que as classificações dos fluidos de direção hidráulica dos meus saudosos Chevrolet Corsa (2008) e Vectra (2009) ainda eram "DEXRON II", fazia a substituição dos mesmos por fluidos de clasificação "DEXRON III", sem quaisquer preocupações.
E, modéstia parte, o serviço ficava bom... Muito bom!
Mas surgiram variações por sobre a classificação "DEXRON III" e, aí, a coisa começou a complicar.
Muitos fabricantes, a exemplo do que fizera a GM lá em 1949, começaram a criar nomes próprios para os seus fluidos de transmissões automáticas, deixando os proprietários dos seus automóveis com uma, duas ou várias pulgas atrás da orelha na hora da substituição dos respectivos fluidos.
Vou dar um exemplo: o grupo PSA, que engloba as marcas frencesas Peugeot e Citroen, adotou, nas transmissões automáticas de seus veículos, um fluido classificado como "LT71141". O óleo foi produzido primeiro pela Esso e, depois, passou a ser produzido pela Mobil. Eu mesmo, após pesquisar muito, cheguei à conclusão de que o caríssimo "LT71141" não passava de um fluido comum, de classificação "DEXRON III-H", mas com coloração marron, para os carros fabricados pelo supramencionado grupo.
Olha a confusão aí!
A própria Toyota adotou classificação própria, denominando seus fluidos de transmissão automática com as siglas "T-IV" e "JWS 3309"...
Obviamente, o tal fluido "LT77141" da Peugeot/Citroen podia, realmente, conter mais diferenças, em termos de aditivação, além das que mencionei, mas todas as pesquisas que realizei à época - corria o ano de 2012 - me levaram à conclusão de que a classificação específica tinha motivos muito mais ligados ao aspecto financeiro ($$$) do que propriamente técnicos.
Não foi apenas esta derivação da classificação "DEXRON III" que surgiu.
Antes mesmo de existir o "DEXRON III - H" (lançado em 2003...), existiram o "DEXRON III-F" (1994) e o "DEXRON III-G" (1997). Se não me engano, foram variações que surgiram sempre com mudanças na aditivação e que tinham, como principal objetivo, uma maior vida longa das transmissões, com menores formação de espuma e oxidação e maior estabilidade quanto à manutenção do coeficiente de atrito proporcionado aos discos de fricção.
A novidade aparece com o fluido "DEXRON VI", que surge em fins de 2005, já como equipamento padrão das transmissões da General Motors para o ano de 2006.
A nova classificação surge para substituir a última classificação vigente, que era a "DEXRON III-H"...
As licenças/classificações todas anteriores, notadamente as variações que sucederam à primeira classificação "DEXRON III", expiram no ano de 2006 e a própria General Motors aparece para resolver a questão ao afirmar o seguinte, categoricamente: "O fluido DEXRON VI é compatível com todas as formulações anteriores e as substitui sem problemas!".
Acabara o problema dos proprietários de veículos equipados com caixas de marcha automáticas, no que concerne à definição do fluido ideal.
Os custos também caíram de maneira substancial.
Em um passado recente, obviamente em se aproveitando da extensa gama de fluidos existentes, os fabricantes e comerciantes "caprichavam" nos valores cobrados por fluidos claramente ultrapassados, mas específicos para cada tipo de transmissão. No caso dos carros do grupo PSA (Citroen/Peugeot), era comum ouvir que "acaso não fosse utilizado o fluido LT71141 ou o Pentosin ATF1, a transmissão seria destruída". Pior ainda eram os valores cobrados pelo tal fluido "DEXRON III-H", de cor marrom ou caramelo, que era utilizado pelas tais transmissões francesas.
Assim foi por muito tempo, meus amigos.
Era triste mexer nos carros e gastar o que se gastava, sem se ater para a existência de algo melhor e muito, mas muito mais barato.
Hoje, porém, não há mais dúvidas.
Se está escrito no manual do carro que o óleo utilizado é um "DEXRON II" ou "DEXRON III", incluídas aí todas as variações existentes dentro dos dois universos citados, fique tranquilo e vá a uma loja comprar fluidos "DEXRON VI", pois as transmissões automáticas agradecerão.
O mesmo vale para os circuitos hidráulicos das direções hidráulicas, que usam também fluidos de classificação "DEXRON".
Testes realizados já por institutos conceituados mostraram que as vantagens do "DEXRON VI" sobre a antiga classificação "DEXRON III" são muito maiores dos que as que podiam ser esperar, dentro de um quadro evolutivo.
Um moderno fluido "DEXRON VI", como o utilizado pelas caixas de marcha dos modelos fabricados pela General Motors a partir de 2006, nos EUA, e a partir de setembro de 2008, no Brasil, quando foram iniciadas as vendas ao público dos Chevrolet Captiva V6 - que já eram equipados com transmissão automática de 6 marchas -, apresenta 100% de melhora no coeficiente de fricção se comparado a um "DEXRON III", 120% de melhora na durabilidade dos discos de fricção - verdadeiras embreagens das transmissões automáticas -, 150% de melhora no que concerne à formação de espuma e 100% de melhora quanto à oxidação do fluido no decorrer do tempo.
Há, ainda, que se falar que um fluido "DEXRON VI" demora muito, mas muito mais tempo para perder sua viscosidade acaso comparado a um "DEXRON III" comum...
Em suma, o "DEXRON VI" dá um "banho" em todos os quesitos!
Os dados não foram inventados e podem ser obtidos com facilidade na internet.
Pergunta que jaz não respondida: Será que ainda resta alguma razão para alguém preferir um fluido "DEXRON III" à utilização do "DEXRON VI"?
Resposta: É óbvio que não!
Mas e a questão da regularidade da troca? Como fica?
Substitua o fluido da transmissão a cada 40.000 ou 45.000 quilômetros rodados, independentemente do tempo ou período do óleo, e seja feliz. Mas, se a questão for o tempo e não a quilometragem percorrida, não deixe que o fluido permaneça na caixa, mesmo que o carro não esteja rodando, por mais do que quatro anos, eis que já se constitui um período limítrofe para a oxidação do lubrificante.
Se a transmissão permitir a troca do filtro interno de óleo, faça a substituição do elemento filtrante juntamente com a mudança do óleo, mas deixemos este assunto para uma outra ocasião.
Em um post futuro, falarei como é feita a troca do fluido em sua inteireza e sobre a existência de um filtro interno nas transmissões automáticas, OK!
Por hoje, acho que já enchi a mente dos meus amigos com muitas informações e já deixei claro uma coisa: Fluido bom para as transmissões que usavam óleos de classificação "DEXRON", é o "DEXRON VI".
Um abraço a todos e desejo uma semana iluminada, cheia de boas e importantes realizações, para os meus amigos leitores.
Valeu!
Xamã do Brasil.