Boa tarde, meus queridos amigos!
Começo este novo post desejando a todos uma excelente semana! Ela será abençoada, com certeza!
Mas nós tínhamos começado a falar do tal fluido de direção hidráulica e o tema parou, não foi mesmo?
Falei muito da troca do fluido de freio e acabei não mencionando como deveria ser feita a troca do fluido de direção hidráulica, nos sistemas puramente hidráulicos e nos eletro-hidráulicos, nos quais um motor elétrico desempenha a função de bomba do sistema e livra o motor do automóvel desta tarefa.
Mas preferi tratar de cada coisa, separadamente, para não alongar muito o post anterior...
Acho posts longos um tanto quanto desanimadores.
Vamos lá, então?
Acho posts longos um tanto quanto desanimadores.
Vamos lá, então?
Preparados?
Bem, já sabemos que o fluido hidráulico dos sistemas de direção é o mesmo fluido ATF utilizado pelas caixas de marcha. Para quem não entendeu o que eu disse, quando falei "fluido ATF", o termo quer dizer em inglês "automatic transmission fluid" ou "fluido de transmissão automática". Daí o tal "ATF".
Entenderam?
Por muito tempo, acreditou-se que as demandas do sistema de direção, por serem menores que as das transmissões, com suas várias operações e esforços, permitiam a utilização de fluidos de qualidade inferior, como os já ultrapassados DEXRON II e DEXRON III, sem mencionar os fluidos hidráulicos ATF do tipo "A", sufixo "A", bem mais baratos.
Repito o que já escrevi neste blog, no que diz respeito à recomendação da General Motors do Brasil, quanto à utilização de fluido DEXRON II nos sistemas de direção hidráulica dos seus carros (Vectra, Astra, Meriva, Corsa B e Corsa C e outros), num passado não muito distante.
O veterano Classic LS, até hoje, utiliza o DEXRON II em sua direção hidráulica.
Eu mesmo, quando substituía o fluido do meu saudoso Vectra 2009, "atualizava" o fluido para o padrão - já descontinuado, diga-se de passagem - DEXRON III... Usava um fluido bom e que, à época, considerava barato e bem melhor que o ultrapassado DEXRON II.
A verdade, no entanto, permite afirmar que a melhora ou incremento na qualidade do fluido de direção hidráulica está diretamente relacionada à durabilidade e à perfeita operação da caixa de direção hidráulica.
Assim, vale a máxima: Quanto melhor o fluido, mais tempo sem se aporrinhar com o sistema de direção, que tanto conforto em manobras proporciona.
Um exemplo disso foi o que aconteceu comigo, faz pouco tempo.
Com as mudanças na política econômica brasileira e, consequentemente, em razão da crise econômica instaurada, acabei por ficar sem receber uma dívida que, inicialmente, era pequena. O passar de um ano e meio fez com que o valor, somado a juros e correção monetária, subisse a ponto de eu desejar receber a dívida antes que a mesma se tornasse impagável e eu ficasse, literalmente, a "ver navios"...
Procurei o devedor e propus um parcelamento longo da dívida, em parcelas pequenas, mas pagáveis, sendo que, já no primeiro mês, o compromisso não foi honrado. O devedor, no entanto, tinha sociedade em uma revenda da marca EFFA e vi que a revenda, apesar da estar fechada já fazia algum tempo, ainda tinha alguns carros em seu interior.
Uma picape da EFFA, ano/modelo 2011/2012, de cor azul, a diesel, chamada PLUTUS, chamou minha atenção. Estava toda coberta de poeira, imobilizada fazia cerca de quatro anos e eu sabia que, na tabela FIPE, valia coisa de uns R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais), quando já usada.
Surgira uma luz no fim do túnel, mesmo que não a efetivamente desejada.
Mais um carro em casa me geraria custos extras (IPVA, seguro, manutenção), mas não havia outra forma de receber o que me era devido.
O devedor aceitou faturar a picape em meu nome, como forma do derradeiro pagamento da dívida... E eu, sem ter mais o que fazer, aceitei. Caso não aceitasse, o caminho seria demandar na justiça os valores devidos e, sinceramente, pagar advogado e custas judiciais para, ao final, talvez não ver a cor do dindim, não me interessou nem um pouco.
Peguei a picape!
Obviamente, o leitor deste blog deve estar se perguntando acerca do estado geral de conservação de um carro zero quilômetro, mas que ficou parado, desligado, cerca de quatro anos...
Como estava a Plutus 2011/2012?
Em termos de carroceria e pneus, nada ou quase nada a fazer, pois havia algumas mossas nas portas e laterias traseiras, que foram prontamente corrigidas por um competente martelinho de ouro. Os pneumáticos voltaram à boa forma após uma simples calibragem.
Na parte de motor e sistema de alimentação, porém, havia muita coisa a fazer, para reativar o carro.
O cárter - reservatório de óleo do motor - foi retirado para lavagem com água quente, pois o que havia em seu interior era uma lama muito feia de se ver. Depois de limpar toda a parte de baixo do motor com gasolina, foi a vez de recolocar o cárter no lugar, com uma junta de cárter nova, e adotar um lubrificante moderno, para motores diesel.
Toda a água do sistema de refrigeração foi drenada e. no seu lugar, foi adicionada água nova, desmineralizada, mais três litros de aditivo orgânico para radiador.
O tanque de combustível do veículo e o filtro de diesel tiveram que ser retirados.
No caso do tanque, o mesmo foi lavado com água fervente, eis que havia borra de diesel já desnaturado em seu interior. Era uma lama que não saía, na esponja, de jeito algum.
O filtro de óleo e separador de água também foi trocado, por um novo em folha.
No sistema de freios, quase entrei em pânico, pois o pedal estava baixo e parecia um tanto quanto "borrachudo". Pensei logo em um problema no cilindro mestre do sistema de freios e já sofri por antecipação quanto aos custos ($$$) de um possível reparo... Me acalmei enquanto fazia a sangria do sistema e adotava um moderno fluido, do tipo DOT 5.1, pois o pedal, gradativamente, foi voltando a sua posição original e o sistema de freios voltou a funcionar. De fato, as peças do sistema de freio eram novas, mas o estado do fluido de freio que saiu do interior do circuito, formado por pequenos canais, cilindros auxiliares ("burrinhos") e pinças, não era nada bom. O líquido já estava preto e já não mais tinha quaisquer de suas características físico-químicas originais.
Óleo de transmissão e óleo de diferencial também foram trocados, por um produto moderno fabricado pela Castrol. A mudança - para melhor - no esforço para engatar as marchas foi imediato, logo após coisa de dez quilômetros rodando com a picape.
E como estava o fluido da direção hidráulica?
Os amigos imaginam?
O mecânico que me acompanhava nesse verdadeiro renascimento do carro, me disse logo um "Fluido de direção não estraga! Deixa isso do jeito que está!", no que respondi que não concordava com ele.
Fiz, então, o que o leitor deve fazer para poupar o sistema de direção hidráulica do seu carro.
Retirei o reservatório da direção hidráulica para fora do cofre do motor - enorme, por sinal -, lavei tudo com água quente e sabão, deixei secar e, depois, fiz a sangria do sistema utilizando o fluido de transmissão automática do tipo DEXRON VI.
A direção, após alguns pequenos e quase imperceptíveis trancos, causados pelas pequenas bolhas de ar remanescentes do serviço de sangria, voltou ao normal e passou a operar muito macia.
A Plutus estava salva! Voltara a rodar e tivera todos os filtros (ar, óleo e combustível), fluidos e lubrificantes substituídos.
Mas quando deve ser trocado todo o fluido, afinal? É quando a direção endurece? Há alterações perceptíveis no funcionamento da mesma?
Sim, há!
O problema é que o proprietário do veículo, conforme o uso do carro, vai se acostumando com as mudanças que ocorrem e acaba por não identificar o problema. Além disso, pode-se confundir problemas, que causam aumento no esforço de operação da direção, por conta de desgastes outros em componentes da suspensão ou em razão da geometria errada (cambagem, cáster...) da mesma, caso em que a solução não está na troca do fluido em si, mas sim no alinhamento de direção ou por meio de um simples serviço de cambagem, com uso de ferramenta hidráulica ou regulagem do pivô de suspensão.
Assim, aconselho a troca do fluido a cada dois ou três anos, como forma de prevenir desgastes prematuros.
Não posso deixar de mencionar que, mensalmente, deve-se verificar preventivamente o nível do fluido, independentemente de estar novo ou já usado, pois nível baixo de fluido significa aumento indesejado de temperatura de operação do sistema e vida útil também menor.
Além disso, se o sistema apresentar defeito (ruídos estranhos, trancos, peso excessivo denunciando inação total) ou vazamentos de fluido, não aconselho a troca do fluido como mera tentativa de resolver os problemas.
Após a troca, se a opção recair por sobre um moderno fluido DEXRON VI, semissintético ou sintético, o prazo poderá ser estendido, tranquilamente, para cinco anos.
Ensinarei, então, passo a passo, OK!
Não é difícil, mas dá um certo trabalho.
Há a opção de ir a um autocentro e fazer a troca através de máquina, que faz uma espécie de "diálise" do sistema. É bem prático o procedimento e o resultado final é muito semelhante ao da limpeza que proponho fazer em casa. Se não tiver tempo e/ou não quiser por a mão na graxa, opte pelo serviço em estabelecimento especializado em direções hidráulicas.
Primeiramente, compre cerca de 5 (cinco) litros de fluido DEXRON III ou VI, se o produto indicado pela fábrica for do tipo DEXRON II ou III. Sempre suba de nível, no que concerne à classe do fluido! Separe um litro para o "acabamento final" do serviço.
Sobre os tipos de fluidos e sobre as classificações existentes, aliás, vale à pena fazer algumas menções: Há marcas de automóveis, como a Ford do Brasil, que utilizam em suas transmissões automáticas fluidos de classificação MERCON. São fluidos que, historicamente, eram diferentes dos DEXRON, utilizados nas transmissões da GM, lá pelas décadas de 60 e 70, pelas características de fricção. Os MERCON eram fluidos que tinham um coeficiente estático de fricção maior que o coeficiente dinâmico, dispensando o uso dos aditivos modificadores de fricção (friction modifiers). Eram utilizados em transmissões que tinham engates mais rápidos e mais perceptíveis, com um "positive lock up" ou, em outras palavras, com uma ligação mais direta entre os discos internos de fricção. A Toyota e a Borg Warner, fabricante de transmissões, também fizeram essa opção. Os fluidos DEXRON, ao contrário, nessa época, apresentavam engates mais lerdos, mais suaves, menos perceptíveis, com maior escorregamento ou deslizamento entre os discos de fricção, pois apresentavam o uso de aditivos modificadores de transmissão e, por essa razão, possuíam coeficiente de atrito estático menor que o coeficiente dinâmico. Lá pelos anos 80, começou a haver uma aproximação das fórmulas dos fluidos DEXRON e MERCON, havendo, inclusive, situações em que fluidos foram denominados DEXRON/MERCON.
Na década de 90, mais especificamente em 1996, começam a se distanciar, novamente, as classificações MERCON e DEXRON, com o lançamento, pela Ford americana, do fluido MERCON V. Era um novo fluido, com significativas melhoras de fluidez sob baixíssimas temperaturas, estabilidade maior quanto à oxidação e coeficientes de atrito (estático e dinâmico) especificamente definidos para um tipo de transmissão.
Sei que o post adquiriu maior grau de complexidade, mas a menção ao fluido MERCON é necessária e indispensável para os leitores que possuem carros que não usam fluidos de classificação DEXRON.
O fluido MERCON V tem níveis atuais equivalentes aos FF ("Factory Fill" ou "óleo de fábrica e de primeiro enchimento") e SF ("Service Fill" ou "óleo de manutenção e demais enchimentos") e performance geral melhorada, abrangendo os antigos MERCON ("Revised MERCON" e MERCON). Não pode ser usado onde MERCON SP e MERCON LV são usados, porém. É o fluido de clássificação válida atualmente, sendo a atualização possível para quem usava MERCON ou "Revised MERCON" (esta última, obsoleta desde o ano de 2007).
O fluido MERCON SP ATF especial tem nível de viscosidade baixo, sendo indicado para transmissoes ZF de 6 velocidades, mas não é compatível com normas ou produtos MERCON anteriores e nem com os fluidos MERCON V e MERCON LV, mais modernos.
O fluido MERCON LV ATF é o que apresenta economia máxima de combustível, apresentando baixa viscosidade para benefícios FE ("fuell efficiency" ou "eficiência na economia de combustível"), para transmissões automáticas em FORDs novos desde 07/2007, mas também não é compatível com normas anteriores (MERCON V ou SP, "Revised MERCON" e MERCON).
Por fim, os fluidos MERCON C CVTF, são exclusivos para transmissões ZF, do tipo CVT, em veículos FORD, não sendo compatível com normas anteriores ou miscível com óleos de classificação MERCON anteriores.
Hoje, inclusive, em razão das modernas transmissões automatizadas, de dupla embreagem, já existe o moderníssimo fluido hidráulico XT-11 QDC, que atende à especificação Ford WSS-M2C200-D2 e que foi especificamente formulado para atender às caixas de marcha DPS6, dos New Fiesta, Focus e Ecosport.
Este fluido último mencionado não segue especificação MERCON...
Falarei especificamente sobre os fluidos MERCON num futuro próximo. Será necessário para aprofundar a discussão quanto à substituição do fluido das transmissões automáticas.
Enfim, se o manual do seu veículo recomenda um óleo com características próprias e definições próprias do fabricante, diferentes das mencionadas aqui, não fuja delas!
Ou pesquise!
É isso mesmo que você ouviu! Pesquise!
Veja o caso dos Ecosport e Fiesta fabricados em Camaçari, na Bahia, que usam fluido de direção hidráulica que precisa atender à especificação WSA M2C195-A. É muito comum, nestes casos, que os proprietários desses carros utilizem um fluido de transmissão automática barato e muito conhecido no mercado brasileiro, que é o Texamatic 7045 E.
Que tipo de ATF é exatamente o Texamatic?
O Texamatic, em sua ficha técnica, facilmente encontrada no Google, nada mais é que um fluido ATF de classificação DEXRON III - G.
Ora, ora! Desta forma, posso fazer um upgrade, caso seja proprietário de um Ecosport, de um Fiesta ou de Ford Ka, pois poderei usar, ao invés do já ultrapassado Texamatic, um moderno DEXRON VI sem qualquer problema.
Viram como a coisa funciona?
Posso seguir o que está no manual, mas, às vezes, pesquisando, percebe-se que o produto não é aquele "bicho de sete cabeças".
Quem tem picape F1000 e lê que o óleo da caixa de direção é o MERCON, pode atualizar o fluido para um moderno MERCON V, como o texto deixa às claras.
Perceberam como a coisa funciona?
Mas tá na hora de falar do "how-to", não é mesmo?
Abra o caput do motor e, com calma, identifique e retire o recipiente em que fica alojado o fluido da direção hidráulica, dentro do cofre do motor. Há carros em que tal tarefa é fácil, como nos populares da GM, da Volks e da Fiat, pois são reservatórios bem destacados do vaso de expansão da água do radiador, por exemplo, e basta o uso de ferramentas simples, sem exagerar na força, para que o recipiente seja removido. Talvez, nestes carros, a maior dificuldade seja, de fato, remover as abraçadeiras das mangueiras, que ficam na parte de baixo dos reservatórios de fluido, conforme demonstro nesta foto, abaixo.
Para não ter que desmontar nada, aconselho que se vá a uma farmácia e que se compre uma seringa grande, com agulha grande também. A troca será feita com a retirada do fluido velho do recipiente e a adição gradual de fluido novo, sendo que a retirada deverá ser feita, com calma, com o uso da seringa e da agulha, várias vezes.
Tome especial cuidado em apenas encostar a agulha no fundo do recipiente, pois, no geral, são recipientes em que os plásticos utilizados são resistentes à pressão e à temperatura alta, mas que são frágeis quando expostos às superfícies pontiagudas.
Nos carros da PSA (Peugeot e CItroen), o fluido utilizado também tem um diferencial. Não são fluidos comuns! São fluidos sintéticos, caros, de cor alaranjada, e são identificados pela sigla LDS, apresentando índice de viscosidade bem elevado (cerca de 320, se não me engano).
Infelizmente, nestes casos, que oferecem maior dificuldade, não será possível lavar o recipiente, mas a retirada, por várias vezes, do fluido do recipiente, sempre com a adição correspondente de fluido novo, causará uma razoável renovação do fluido da direção hidráulica e melhorará perceptivelmente a operação da mesma. São sistemas mais vulneráveis a problemas, devido ao fato de trabalharem com bomba elétrica e não mecânica, como ocorre nos sistemas tradicionais, dos carros mais populares.
No caso dos carros em que a retirada é fácil de ser feita, se tiver dificuldade em identificar o recipiente do fluido de direção hidráulica, procure pela localização do mesmo no manual do proprietário do veículo. Se ficar com medo de mexer em casa ou não possuir as ferramentas adequadas para tal, leve o carro a um mecânico ou a um autocentro.
Nada melhor do que ficar em paz, enquanto se realiza uma tarefa... Tenha isso em mente!
Após a retirada do recipiente e do fluido que estava em seu interior, lave o reservatório com água e sabão e seque-o da melhor forma que conheço: feche as saídas de óleo com os dedos, coloque um pouco de óleo no seu interior e o feche com a tampa, agitando logo em seguida.
Depois, dispense o óleo/fluido ATF utilizado.
Faça isso uma duas vezes seguidas, para não deixar qualquer traço de umidade em seu interior.
Retorne, então, o recipiente para o seu lugar original, dentro do cofre do motor.
Tenha o cuidado de o deixar corretamente fixado, sem folgas ou parafusos mal apertados.
Fixe apenas a mangueira mais larga ao recipiente. A mangueira mais larga, dentre as duas que ficam fixadas na parte inferior do reservatório, é a que admite fluido para dentro da bomba da direção hidráulica e, consequentemente, para a caixa de direção hidráulica.
A diferença no diâmetro das mangueiras é exatamente o que causa a pressão positiva no sistema, que alivia o esforço de operação do volante de direção, quando também somada à pressão adicional causada pela bomba mecânica ou elétrica do sistema.
Deixe a mangueira mais fina ou com diâmetro menor solta, com a sua abertura virada para baixo, dirigida para o interior de uma garrafa pet ou um balde, por exemplo. Se nao houver espaço para isso, coloque algo na parte de baixo do carro, de modo a captar o fluido velho que "sangrará" do sistema de direção hidráulica.
Feche, com um dos dedos, a saída de óleo, da parte de baixo do recipiente/reservatório do fluido de direção hidráulica, de diâmetro menor e na qual seria fixada a outra mangueira do sistema. Lembre-se, este orifício que será fechado é aquele em que deveria estar fixada a mangueira de diâmetro menor e que, no momento, está com sua "boca" virada para baixo, para permitir a "sangria" do sistema de direção, OK!
Já fiz isso várias vezes em Volkswagen Gol, Chevrolet Vectra e Corsa e em Fiat Siena... É mais fácil do que parece, acredite.
Peça a um amigo ou a um familiar - as esposas gostam de ajudar, desde que não estejam fazendo faxina em casa... Aí, é melhor chamar um amigo e prometer umas cervejas para depois que o serviço acabar... - para entrar no carro e ligar o motor. Concomitante ao acionamento do motor, comece e depositar lentamente o primeiro litro de fluido DEXRON VI - se for o caso de utilizar este tipo de fluido, obviamente - no interior do reservatório do fluido da direção hidráulica.
Se achar que não vai dar tempo, encha o reservatório, com o fluido novo, antes mesmo do amigo ou a esposa boazinha ligar o motor do carro.
Com o motor do carro ligado, peça para a pessoa que está dentro do veículo virar o volante, de batente a batente, para os dois lados, incessantemente. Enquanto isso, vá colocando fluido novo no recipiente também sem parar. É normal, no meio tempo que se leva para pegar uma embalagem nova de fluido, que surja um ruído de ar no sistema, pois a bomba está "sugando" o fluido novo que está sendo colocado e, na falta dele, começa a entrar ar no sistema.
Não deixe que isso aconteça, agindo rápido para preencher o vazio do reservatório de fluido de direção hidráulica, pois não é bom ter ar no sistema.
Gaste, pelos menos, três litros de fluido nessa verdadeira "sangria" do sistema. O fluido velho, misturado ao novo, deverá, ao fim do serviço, estar todo dentro da garrafa pet ou do balde que foi colocado na saída da mangueira de diâmetro menor.
Desligue o motor do carro e não mexa mais no volante.
Chegou a hora, então, de fixar a mangueira, de diâmetro menor, no seu devido lugar, e retirar o ar remanescente do sistema de direção hidráulica.
Após a fixação da mangueira, complete o nível do reservatório até a sua marca máxima, na vareta, como deve ser.
Feche o reservatório do fluido de direção hidráulica.
Ligue o motor do carro e inicie uma série de movimentos com o volante de direção, de batente a batente, até que não se tenha mais a sensação de pequenos trancos no volante.
Volte a abrir o reservatório do fluido de direção hidráulica.
Se o fluido do interior do reservatório estiver com espuma na sua superfície, solte a mangueira de diâmetro menor novamente e dispense o fluido do interior do reservatório. Fixe a mangueira corretamente, completando, logo a seguir, o recipiente com fluido novo até a marca máxima da vareta.
Ligue o motor do carro e gire novamente o volante de um lado para o outro diversas vezes. Se possível, ande com o carro, em primeira marcha, bem devagar, para diminuir o esforço do esterçamento da direção, por sobre os componentes da suspensão.
Se não houver mais qualquer pequeno tranco no volante e a conferência final do nível do fluido mostrar um líquido avermelhado, límpido e sem espuma, fique contente, pois o serviço terminou!
Parabéns!
Tome o cuidado de lavar as partes metálicas do carro que, porventura, tenham sido atingidas pelo fluido durante a "sangria" e não se esqueçam, meus amigos, de levar o óleo velho, misturado ao novo, que restou no interior da garrafa pet ou de um balde, até um posto de gasolina, para que seja descartado corretamente, OK!
Uma excelente semana para você e até a próxima dica.
Xamã do Brasil
Entenderam?
Por muito tempo, acreditou-se que as demandas do sistema de direção, por serem menores que as das transmissões, com suas várias operações e esforços, permitiam a utilização de fluidos de qualidade inferior, como os já ultrapassados DEXRON II e DEXRON III, sem mencionar os fluidos hidráulicos ATF do tipo "A", sufixo "A", bem mais baratos.
Repito o que já escrevi neste blog, no que diz respeito à recomendação da General Motors do Brasil, quanto à utilização de fluido DEXRON II nos sistemas de direção hidráulica dos seus carros (Vectra, Astra, Meriva, Corsa B e Corsa C e outros), num passado não muito distante.
O veterano Classic LS, até hoje, utiliza o DEXRON II em sua direção hidráulica.
Eu mesmo, quando substituía o fluido do meu saudoso Vectra 2009, "atualizava" o fluido para o padrão - já descontinuado, diga-se de passagem - DEXRON III... Usava um fluido bom e que, à época, considerava barato e bem melhor que o ultrapassado DEXRON II.
A verdade, no entanto, permite afirmar que a melhora ou incremento na qualidade do fluido de direção hidráulica está diretamente relacionada à durabilidade e à perfeita operação da caixa de direção hidráulica.
Assim, vale a máxima: Quanto melhor o fluido, mais tempo sem se aporrinhar com o sistema de direção, que tanto conforto em manobras proporciona.
Um exemplo disso foi o que aconteceu comigo, faz pouco tempo.
Com as mudanças na política econômica brasileira e, consequentemente, em razão da crise econômica instaurada, acabei por ficar sem receber uma dívida que, inicialmente, era pequena. O passar de um ano e meio fez com que o valor, somado a juros e correção monetária, subisse a ponto de eu desejar receber a dívida antes que a mesma se tornasse impagável e eu ficasse, literalmente, a "ver navios"...
Procurei o devedor e propus um parcelamento longo da dívida, em parcelas pequenas, mas pagáveis, sendo que, já no primeiro mês, o compromisso não foi honrado. O devedor, no entanto, tinha sociedade em uma revenda da marca EFFA e vi que a revenda, apesar da estar fechada já fazia algum tempo, ainda tinha alguns carros em seu interior.
Uma picape da EFFA, ano/modelo 2011/2012, de cor azul, a diesel, chamada PLUTUS, chamou minha atenção. Estava toda coberta de poeira, imobilizada fazia cerca de quatro anos e eu sabia que, na tabela FIPE, valia coisa de uns R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais), quando já usada.
Surgira uma luz no fim do túnel, mesmo que não a efetivamente desejada.
Mais um carro em casa me geraria custos extras (IPVA, seguro, manutenção), mas não havia outra forma de receber o que me era devido.
O devedor aceitou faturar a picape em meu nome, como forma do derradeiro pagamento da dívida... E eu, sem ter mais o que fazer, aceitei. Caso não aceitasse, o caminho seria demandar na justiça os valores devidos e, sinceramente, pagar advogado e custas judiciais para, ao final, talvez não ver a cor do dindim, não me interessou nem um pouco.
Peguei a picape!
Obviamente, o leitor deste blog deve estar se perguntando acerca do estado geral de conservação de um carro zero quilômetro, mas que ficou parado, desligado, cerca de quatro anos...
Como estava a Plutus 2011/2012?
Em termos de carroceria e pneus, nada ou quase nada a fazer, pois havia algumas mossas nas portas e laterias traseiras, que foram prontamente corrigidas por um competente martelinho de ouro. Os pneumáticos voltaram à boa forma após uma simples calibragem.
Na parte de motor e sistema de alimentação, porém, havia muita coisa a fazer, para reativar o carro.
O cárter - reservatório de óleo do motor - foi retirado para lavagem com água quente, pois o que havia em seu interior era uma lama muito feia de se ver. Depois de limpar toda a parte de baixo do motor com gasolina, foi a vez de recolocar o cárter no lugar, com uma junta de cárter nova, e adotar um lubrificante moderno, para motores diesel.
Toda a água do sistema de refrigeração foi drenada e. no seu lugar, foi adicionada água nova, desmineralizada, mais três litros de aditivo orgânico para radiador.
O tanque de combustível do veículo e o filtro de diesel tiveram que ser retirados.
No caso do tanque, o mesmo foi lavado com água fervente, eis que havia borra de diesel já desnaturado em seu interior. Era uma lama que não saía, na esponja, de jeito algum.
O filtro de óleo e separador de água também foi trocado, por um novo em folha.
No sistema de freios, quase entrei em pânico, pois o pedal estava baixo e parecia um tanto quanto "borrachudo". Pensei logo em um problema no cilindro mestre do sistema de freios e já sofri por antecipação quanto aos custos ($$$) de um possível reparo... Me acalmei enquanto fazia a sangria do sistema e adotava um moderno fluido, do tipo DOT 5.1, pois o pedal, gradativamente, foi voltando a sua posição original e o sistema de freios voltou a funcionar. De fato, as peças do sistema de freio eram novas, mas o estado do fluido de freio que saiu do interior do circuito, formado por pequenos canais, cilindros auxiliares ("burrinhos") e pinças, não era nada bom. O líquido já estava preto e já não mais tinha quaisquer de suas características físico-químicas originais.
Óleo de transmissão e óleo de diferencial também foram trocados, por um produto moderno fabricado pela Castrol. A mudança - para melhor - no esforço para engatar as marchas foi imediato, logo após coisa de dez quilômetros rodando com a picape.
E como estava o fluido da direção hidráulica?
Os amigos imaginam?
O mecânico que me acompanhava nesse verdadeiro renascimento do carro, me disse logo um "Fluido de direção não estraga! Deixa isso do jeito que está!", no que respondi que não concordava com ele.
Fiz, então, o que o leitor deve fazer para poupar o sistema de direção hidráulica do seu carro.
Retirei o reservatório da direção hidráulica para fora do cofre do motor - enorme, por sinal -, lavei tudo com água quente e sabão, deixei secar e, depois, fiz a sangria do sistema utilizando o fluido de transmissão automática do tipo DEXRON VI.
A direção, após alguns pequenos e quase imperceptíveis trancos, causados pelas pequenas bolhas de ar remanescentes do serviço de sangria, voltou ao normal e passou a operar muito macia.
A Plutus estava salva! Voltara a rodar e tivera todos os filtros (ar, óleo e combustível), fluidos e lubrificantes substituídos.
Mas quando deve ser trocado todo o fluido, afinal? É quando a direção endurece? Há alterações perceptíveis no funcionamento da mesma?
Sim, há!
O problema é que o proprietário do veículo, conforme o uso do carro, vai se acostumando com as mudanças que ocorrem e acaba por não identificar o problema. Além disso, pode-se confundir problemas, que causam aumento no esforço de operação da direção, por conta de desgastes outros em componentes da suspensão ou em razão da geometria errada (cambagem, cáster...) da mesma, caso em que a solução não está na troca do fluido em si, mas sim no alinhamento de direção ou por meio de um simples serviço de cambagem, com uso de ferramenta hidráulica ou regulagem do pivô de suspensão.
Assim, aconselho a troca do fluido a cada dois ou três anos, como forma de prevenir desgastes prematuros.
Não posso deixar de mencionar que, mensalmente, deve-se verificar preventivamente o nível do fluido, independentemente de estar novo ou já usado, pois nível baixo de fluido significa aumento indesejado de temperatura de operação do sistema e vida útil também menor.
Além disso, se o sistema apresentar defeito (ruídos estranhos, trancos, peso excessivo denunciando inação total) ou vazamentos de fluido, não aconselho a troca do fluido como mera tentativa de resolver os problemas.
Após a troca, se a opção recair por sobre um moderno fluido DEXRON VI, semissintético ou sintético, o prazo poderá ser estendido, tranquilamente, para cinco anos.
Ensinarei, então, passo a passo, OK!
Não é difícil, mas dá um certo trabalho.
Há a opção de ir a um autocentro e fazer a troca através de máquina, que faz uma espécie de "diálise" do sistema. É bem prático o procedimento e o resultado final é muito semelhante ao da limpeza que proponho fazer em casa. Se não tiver tempo e/ou não quiser por a mão na graxa, opte pelo serviço em estabelecimento especializado em direções hidráulicas.
Primeiramente, compre cerca de 5 (cinco) litros de fluido DEXRON III ou VI, se o produto indicado pela fábrica for do tipo DEXRON II ou III. Sempre suba de nível, no que concerne à classe do fluido! Separe um litro para o "acabamento final" do serviço.
Sobre os tipos de fluidos e sobre as classificações existentes, aliás, vale à pena fazer algumas menções: Há marcas de automóveis, como a Ford do Brasil, que utilizam em suas transmissões automáticas fluidos de classificação MERCON. São fluidos que, historicamente, eram diferentes dos DEXRON, utilizados nas transmissões da GM, lá pelas décadas de 60 e 70, pelas características de fricção. Os MERCON eram fluidos que tinham um coeficiente estático de fricção maior que o coeficiente dinâmico, dispensando o uso dos aditivos modificadores de fricção (friction modifiers). Eram utilizados em transmissões que tinham engates mais rápidos e mais perceptíveis, com um "positive lock up" ou, em outras palavras, com uma ligação mais direta entre os discos internos de fricção. A Toyota e a Borg Warner, fabricante de transmissões, também fizeram essa opção. Os fluidos DEXRON, ao contrário, nessa época, apresentavam engates mais lerdos, mais suaves, menos perceptíveis, com maior escorregamento ou deslizamento entre os discos de fricção, pois apresentavam o uso de aditivos modificadores de transmissão e, por essa razão, possuíam coeficiente de atrito estático menor que o coeficiente dinâmico. Lá pelos anos 80, começou a haver uma aproximação das fórmulas dos fluidos DEXRON e MERCON, havendo, inclusive, situações em que fluidos foram denominados DEXRON/MERCON.
Na década de 90, mais especificamente em 1996, começam a se distanciar, novamente, as classificações MERCON e DEXRON, com o lançamento, pela Ford americana, do fluido MERCON V. Era um novo fluido, com significativas melhoras de fluidez sob baixíssimas temperaturas, estabilidade maior quanto à oxidação e coeficientes de atrito (estático e dinâmico) especificamente definidos para um tipo de transmissão.
Sei que o post adquiriu maior grau de complexidade, mas a menção ao fluido MERCON é necessária e indispensável para os leitores que possuem carros que não usam fluidos de classificação DEXRON.
O fluido MERCON V tem níveis atuais equivalentes aos FF ("Factory Fill" ou "óleo de fábrica e de primeiro enchimento") e SF ("Service Fill" ou "óleo de manutenção e demais enchimentos") e performance geral melhorada, abrangendo os antigos MERCON ("Revised MERCON" e MERCON). Não pode ser usado onde MERCON SP e MERCON LV são usados, porém. É o fluido de clássificação válida atualmente, sendo a atualização possível para quem usava MERCON ou "Revised MERCON" (esta última, obsoleta desde o ano de 2007).
O fluido MERCON SP ATF especial tem nível de viscosidade baixo, sendo indicado para transmissoes ZF de 6 velocidades, mas não é compatível com normas ou produtos MERCON anteriores e nem com os fluidos MERCON V e MERCON LV, mais modernos.
O fluido MERCON LV ATF é o que apresenta economia máxima de combustível, apresentando baixa viscosidade para benefícios FE ("fuell efficiency" ou "eficiência na economia de combustível"), para transmissões automáticas em FORDs novos desde 07/2007, mas também não é compatível com normas anteriores (MERCON V ou SP, "Revised MERCON" e MERCON).
Por fim, os fluidos MERCON C CVTF, são exclusivos para transmissões ZF, do tipo CVT, em veículos FORD, não sendo compatível com normas anteriores ou miscível com óleos de classificação MERCON anteriores.
Hoje, inclusive, em razão das modernas transmissões automatizadas, de dupla embreagem, já existe o moderníssimo fluido hidráulico XT-11 QDC, que atende à especificação Ford WSS-M2C200-D2 e que foi especificamente formulado para atender às caixas de marcha DPS6, dos New Fiesta, Focus e Ecosport.
Este fluido último mencionado não segue especificação MERCON...
Falarei especificamente sobre os fluidos MERCON num futuro próximo. Será necessário para aprofundar a discussão quanto à substituição do fluido das transmissões automáticas.
Enfim, se o manual do seu veículo recomenda um óleo com características próprias e definições próprias do fabricante, diferentes das mencionadas aqui, não fuja delas!
Ou pesquise!
É isso mesmo que você ouviu! Pesquise!
Veja o caso dos Ecosport e Fiesta fabricados em Camaçari, na Bahia, que usam fluido de direção hidráulica que precisa atender à especificação WSA M2C195-A. É muito comum, nestes casos, que os proprietários desses carros utilizem um fluido de transmissão automática barato e muito conhecido no mercado brasileiro, que é o Texamatic 7045 E.
Que tipo de ATF é exatamente o Texamatic?
O Texamatic, em sua ficha técnica, facilmente encontrada no Google, nada mais é que um fluido ATF de classificação DEXRON III - G.
Ora, ora! Desta forma, posso fazer um upgrade, caso seja proprietário de um Ecosport, de um Fiesta ou de Ford Ka, pois poderei usar, ao invés do já ultrapassado Texamatic, um moderno DEXRON VI sem qualquer problema.
Viram como a coisa funciona?
Posso seguir o que está no manual, mas, às vezes, pesquisando, percebe-se que o produto não é aquele "bicho de sete cabeças".
Quem tem picape F1000 e lê que o óleo da caixa de direção é o MERCON, pode atualizar o fluido para um moderno MERCON V, como o texto deixa às claras.
Perceberam como a coisa funciona?
Mas tá na hora de falar do "how-to", não é mesmo?
Abra o caput do motor e, com calma, identifique e retire o recipiente em que fica alojado o fluido da direção hidráulica, dentro do cofre do motor. Há carros em que tal tarefa é fácil, como nos populares da GM, da Volks e da Fiat, pois são reservatórios bem destacados do vaso de expansão da água do radiador, por exemplo, e basta o uso de ferramentas simples, sem exagerar na força, para que o recipiente seja removido. Talvez, nestes carros, a maior dificuldade seja, de fato, remover as abraçadeiras das mangueiras, que ficam na parte de baixo dos reservatórios de fluido, conforme demonstro nesta foto, abaixo.
Há carros, como os Citroen C4 e Peugeot da vida, em que a troca do fluido é bem mais difícil, pois o acesso aos recipientes é precário e, muitas vezes, é necessária a retirada da roda direita e do pára-barro do pára-lamas direito para ter acesso ao recipiente e mangueiras, em sua inteireza.
Como fazer, então?Para não ter que desmontar nada, aconselho que se vá a uma farmácia e que se compre uma seringa grande, com agulha grande também. A troca será feita com a retirada do fluido velho do recipiente e a adição gradual de fluido novo, sendo que a retirada deverá ser feita, com calma, com o uso da seringa e da agulha, várias vezes.
Tome especial cuidado em apenas encostar a agulha no fundo do recipiente, pois, no geral, são recipientes em que os plásticos utilizados são resistentes à pressão e à temperatura alta, mas que são frágeis quando expostos às superfícies pontiagudas.
Nos carros da PSA (Peugeot e CItroen), o fluido utilizado também tem um diferencial. Não são fluidos comuns! São fluidos sintéticos, caros, de cor alaranjada, e são identificados pela sigla LDS, apresentando índice de viscosidade bem elevado (cerca de 320, se não me engano).
Infelizmente, nestes casos, que oferecem maior dificuldade, não será possível lavar o recipiente, mas a retirada, por várias vezes, do fluido do recipiente, sempre com a adição correspondente de fluido novo, causará uma razoável renovação do fluido da direção hidráulica e melhorará perceptivelmente a operação da mesma. São sistemas mais vulneráveis a problemas, devido ao fato de trabalharem com bomba elétrica e não mecânica, como ocorre nos sistemas tradicionais, dos carros mais populares.
No caso dos carros em que a retirada é fácil de ser feita, se tiver dificuldade em identificar o recipiente do fluido de direção hidráulica, procure pela localização do mesmo no manual do proprietário do veículo. Se ficar com medo de mexer em casa ou não possuir as ferramentas adequadas para tal, leve o carro a um mecânico ou a um autocentro.
Nada melhor do que ficar em paz, enquanto se realiza uma tarefa... Tenha isso em mente!
Após a retirada do recipiente e do fluido que estava em seu interior, lave o reservatório com água e sabão e seque-o da melhor forma que conheço: feche as saídas de óleo com os dedos, coloque um pouco de óleo no seu interior e o feche com a tampa, agitando logo em seguida.
Depois, dispense o óleo/fluido ATF utilizado.
Faça isso uma duas vezes seguidas, para não deixar qualquer traço de umidade em seu interior.
Retorne, então, o recipiente para o seu lugar original, dentro do cofre do motor.
Tenha o cuidado de o deixar corretamente fixado, sem folgas ou parafusos mal apertados.
Fixe apenas a mangueira mais larga ao recipiente. A mangueira mais larga, dentre as duas que ficam fixadas na parte inferior do reservatório, é a que admite fluido para dentro da bomba da direção hidráulica e, consequentemente, para a caixa de direção hidráulica.
A diferença no diâmetro das mangueiras é exatamente o que causa a pressão positiva no sistema, que alivia o esforço de operação do volante de direção, quando também somada à pressão adicional causada pela bomba mecânica ou elétrica do sistema.
Deixe a mangueira mais fina ou com diâmetro menor solta, com a sua abertura virada para baixo, dirigida para o interior de uma garrafa pet ou um balde, por exemplo. Se nao houver espaço para isso, coloque algo na parte de baixo do carro, de modo a captar o fluido velho que "sangrará" do sistema de direção hidráulica.
Feche, com um dos dedos, a saída de óleo, da parte de baixo do recipiente/reservatório do fluido de direção hidráulica, de diâmetro menor e na qual seria fixada a outra mangueira do sistema. Lembre-se, este orifício que será fechado é aquele em que deveria estar fixada a mangueira de diâmetro menor e que, no momento, está com sua "boca" virada para baixo, para permitir a "sangria" do sistema de direção, OK!
Já fiz isso várias vezes em Volkswagen Gol, Chevrolet Vectra e Corsa e em Fiat Siena... É mais fácil do que parece, acredite.
Peça a um amigo ou a um familiar - as esposas gostam de ajudar, desde que não estejam fazendo faxina em casa... Aí, é melhor chamar um amigo e prometer umas cervejas para depois que o serviço acabar... - para entrar no carro e ligar o motor. Concomitante ao acionamento do motor, comece e depositar lentamente o primeiro litro de fluido DEXRON VI - se for o caso de utilizar este tipo de fluido, obviamente - no interior do reservatório do fluido da direção hidráulica.
Se achar que não vai dar tempo, encha o reservatório, com o fluido novo, antes mesmo do amigo ou a esposa boazinha ligar o motor do carro.
Com o motor do carro ligado, peça para a pessoa que está dentro do veículo virar o volante, de batente a batente, para os dois lados, incessantemente. Enquanto isso, vá colocando fluido novo no recipiente também sem parar. É normal, no meio tempo que se leva para pegar uma embalagem nova de fluido, que surja um ruído de ar no sistema, pois a bomba está "sugando" o fluido novo que está sendo colocado e, na falta dele, começa a entrar ar no sistema.
Não deixe que isso aconteça, agindo rápido para preencher o vazio do reservatório de fluido de direção hidráulica, pois não é bom ter ar no sistema.
Gaste, pelos menos, três litros de fluido nessa verdadeira "sangria" do sistema. O fluido velho, misturado ao novo, deverá, ao fim do serviço, estar todo dentro da garrafa pet ou do balde que foi colocado na saída da mangueira de diâmetro menor.
Desligue o motor do carro e não mexa mais no volante.
Chegou a hora, então, de fixar a mangueira, de diâmetro menor, no seu devido lugar, e retirar o ar remanescente do sistema de direção hidráulica.
Após a fixação da mangueira, complete o nível do reservatório até a sua marca máxima, na vareta, como deve ser.
Feche o reservatório do fluido de direção hidráulica.
Ligue o motor do carro e inicie uma série de movimentos com o volante de direção, de batente a batente, até que não se tenha mais a sensação de pequenos trancos no volante.
Volte a abrir o reservatório do fluido de direção hidráulica.
Se o fluido do interior do reservatório estiver com espuma na sua superfície, solte a mangueira de diâmetro menor novamente e dispense o fluido do interior do reservatório. Fixe a mangueira corretamente, completando, logo a seguir, o recipiente com fluido novo até a marca máxima da vareta.
Ligue o motor do carro e gire novamente o volante de um lado para o outro diversas vezes. Se possível, ande com o carro, em primeira marcha, bem devagar, para diminuir o esforço do esterçamento da direção, por sobre os componentes da suspensão.
Se não houver mais qualquer pequeno tranco no volante e a conferência final do nível do fluido mostrar um líquido avermelhado, límpido e sem espuma, fique contente, pois o serviço terminou!
Parabéns!
Tome o cuidado de lavar as partes metálicas do carro que, porventura, tenham sido atingidas pelo fluido durante a "sangria" e não se esqueçam, meus amigos, de levar o óleo velho, misturado ao novo, que restou no interior da garrafa pet ou de um balde, até um posto de gasolina, para que seja descartado corretamente, OK!
Uma excelente semana para você e até a próxima dica.
Xamã do Brasil
Muito bom ler os posts do Xamã !
ResponderExcluirMuito obrigado, Ícaro! Se puder, divulga o blog para os amigos e conhecidos. Vai ficar ainda melhor este blog! Tô me esforçando!
ExcluirDemorô, já está sendo divulgado kkkk. Aproveitando o seu post, estamos com uma Amarok lá na oficina e pelo que eu estava pesquisando o fluido usado pela VW G004000M2, não difere muito do TOTAL FLUIDE LDS. Você acha que podemos usar o TOTAL? Muito Obrigado e Fique com Deus !!
ResponderExcluirOlha Ícaro, além do LDS, pode ser usado também o fluido CHF 202, da Pentosin, pois as viscosidades, tanto do LDS, como do CHF 202, são equivalentes. O CHF, como faz parte dos fluidos de reposição das ofcinas alemãs que atendem à linha VW, obedece a mesma cor do fluido original de fábrica. Já o LDS é alaranjado, mas, pelo que verifiquei, pode ser usado. Algo que me chama a atenção no LDS, é o elevadíssimo índice de viscosidade, que sugere o uso maciço de melhoradores do índice de viscosidade (aditivos VII's) no fluido, ao passo que o CHF 202 apresenta índice menor, mas viscosidades semelhantes. Parece ter um fluido base melhor, o produto da Pentosin. Mas ambos podem ser usados, sem problemas. Só acho o custo de ambos muito alto. O fluido G004000M2 da VW, no Mercado Livre, parece estar mais barato - apesar do alto preço - em comparação ao LDS e ao Pentosin. Dá uma pesquisada boa nisso, meu amigo!
ExcluirPor falar em valores, Ìcaro, achei um vendedor do Mercado Livre que está comercializando o LDS a coisa de R$ 35,00... Tá valendo muito à pena!!!
ExcluirValeu pelo retorno Eduardo. Eu vi esse vendedor, foi por isso que perguntei da compatibilidade :). Vou ver com os fornecedores daqui, senão encomendo do ML mesmo. Muito obrigado Xamã !
ResponderExcluirÓtimo texto e ótimas dicas. Parabéns !
ResponderExcluirMuito obrigado, Eunice! Vem mais coisa por aí... Aguarde! Se puder, passe para os amigos, conhecidos e familiares o teu conhecimento do blog, para que mais pessoas o acessem. Um beijo grande no coração!
ExcluirPeugeot 407, com direção eletrohidraulica e variavel, não tem fugir do caro fluido LDS?
ExcluirPrezado Marco, vai de CHF 202, da Pentosin ou vai de fluido original Volkswagen G004000M2, pois estes apresentam as mesmas características do caro LDS. O curioso é que, pesquisando no Mercado Livre, às vezes se encontram lotes de LDS a preços baixos, custando coisa de R$ 40,00, o litro, Neste caso, se achasse uma pechincha dessas, ia de LDS mesmo. Mas há estas outras duas opções de fluidos!
ExcluirMuitíssimo obrigado pela resposta Eduardo. Verifiquei no manual e diz pra usar o tal do Fluide DA. Tem no mercado livre por 30 reais o litro. Será que é de confiança?
ExcluirPrezado Marco, o "DA" e o LDS são, em verdade, um só produto, mas com nomes diferentes. Trata-se do mesmo produto, mas rebatizado. Pode usar o LDS no lugar do "DA" sem problema algum, fora as opções a mais que eu te dei. Com qualquer desses fluidos, você estará bem servido!
Excluirposso trocar o chf 202 do focus duratec 2010 por esse da lds da peugeot ?
ResponderExcluirPrezado Leonardo Mariano,
ExcluirSim, pode fazer a substituição sem problema algum. Os fluidos apresentam características semelhantes.
Eduardo, tudo bem? Qual fluido de Direção Eletro-Hidráulica voce recomendaria para o Focus 2011 Duratec, o 2.0? Procurei no manual do veículo a especificação dele, mas não achei. Obrigado.
ResponderExcluirCaríssimo, boa noite!
ExcluirOlha, o teu Focus usa o sistema de direção EHPAS (Electric Hydraulic Power-Assisted Steering), dotado de caixa de direção hidráulica com assistência por motor elétrico com dosagem de assistência por software específico. Esse sistema usa fluidos com índice de viscosidade bem alto, normalmente superior a 300, e que atendam à especificação FORD Ford M2C204-A. Aconselho para o teu Focus os fluidos LDS, utilizados nos Peugeot/Citroen, e Pentosin CHF202, que possuem características físico-químicas muito semelhantes.
Não aconselho, neste tipo de sistema, o uso de fluidos classificados como DEXRON, haja vista o baixo índice de viscosidade.
Uma outra opção aos fluidos que mencionei é o Febi 06161, que tem as mesmas características do CHF202, da Pentosin. Há também o Motul MUlti HF, que é muito caro, mas apresenta excelente desempenho em sistemas eletro hidráulicos.
Agora, é só correr atrás do fluido que melhor te atenda em termos de custo x benefício.
posso colocar um dexron VI no focus 2010 ? será que pode queimar a bomba ? tirei o fluido velho e completei com 1 litro de chf 202 e a bomba ficou mais barulhenta do que já é, queria fazer a sangria agora e colocar um dexron VI da acdelco pra ver se melhora o barulho.
ResponderExcluirPrezado Leonardo,
ExcluirO fluido DEXRON VI não é adequado para sistemas de direção eletro hidráulicos, como o do Focus Duratec. Nesses sistemas, a existência de uma bomba elétrica demanda um fluido com alto índice de viscosidade, como o LDS da PSA (Citroen/Peugeot) ou o CHF202.
Esses fluidos apresentam índice de viscosidade acima de 300, quando um fluido DEXRON VI apresenta índice de viscosidade em torno de 145/150, o que deixaria o sistema fora das condições de trabalho ideais.
Opte por trocar todo o fluido, ao invés de apenas completar, pois a mistura de fluido novo com fluido já desgastado é prejudicial às válvulas da caixa de direção.
Fique ou com o LDS ou com o CHF202.
Não há diferença entre ambos...
Parabéns pelo blog. Foi pra mim muito útil.
ResponderExcluirMeu carro um Renault Logan 2014, pelo que pesquisei, ele usa o fluido ELF Renaultmatic D2 ou G3, que pelo que vi, é um DexronII e III. Eu poderia usar um Dexron VI no lugar? Tem algum problema em sair de um fluido mineira pra um sintético? obrigado e abraço!
Pode migrar sim para o Dexron VI, sem quaisquer problemas. Não há problema algum em sair de um fluido mineral para o sintético ou semissintético, mas a limpeza do sistema, quando da mudança, deve ser bem criteriosa, OK!?!
ExcluirOla Xamã, tudo bem? Primeira vez que vejo um blog com um conhecimento tão específico como o seu. Gostaria de uma ajuda se possível, tenho um Peugeot 206 1.0 2004 e o óleo da DH é apresentado como at-42, recomendaria algum outro oléo ? Desde já agradeço pelo excelente post ! Tudibão ! Abraços
ResponderExcluirRicardo, boa noite!
ExcluirO Total Fluide AT42 é, nada mais, nada menos, que mais um caso de fluido DEXRON III-G rebatizado, para custar caro.
Bem caro, aliás...
É um fluido comum. Não tem nada demais.
Pode usar, com muitas vantagens, no teu sistema de direção hidráulica, um moderno DEXRON VI, que você encontrará no Mercado Livre por coisa de R$ 28,00...
Ficou feliz?
Espero ter te ajudado.
Um abraço grande e ajude a divulgar o blog entre os amigos.
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ResponderExcluirBom dia. Tenho uma Hoggar escapade 2011 e me informaram que o fluido da direção é o AT 42, teria algum outro fluido compativel para se usar? Grato!
ResponderExcluirLuiz Hamilton, boa noite!
ExcluirO Total Fluide AT42 é, nada mais, nada menos, que mais um caso de fluido DEXRON III-G rebatizado, para custar caro.
Bem caro, aliás...
É um fluido comum. Não tem nada demais.
Pode usar, com muitas vantagens, no teu sistema de direção hidráulica, um moderno DEXRON VI, que você encontrará no Mercado Livre por coisa de R$ 28,00...
Se quiser, pode usar um DEXRON III qualquer, mas desde que obedeça à classificação DEXRON III - G também.
Sugestão: Texaco TEXAMATIC 7045E.
É vendido bem barato e é muito bom!
Espero ter te ajudado.
Um abraço grande e ajude a divulgar o blog entre os amigos.
Olá irmão, beleza?
ResponderExcluirHá alguma problema de misturar o óleo original VW com o seu similar sintético?
Caro Luann Leonel,
ResponderExcluirOs fluidos de direção hidráulica até são compatíveis quimicamente entre si, mas não aconselho a mistura.
Penso que a situação do amigo é a seguinte: Precisa completar o nível e tem um fluido similar em mãos, que não é o original...
Acertei?
Olha, aconselho, de coração, que não faça a mistura. Os elementos contaminantes do fluido antigo podem reagir com os aditivos do fluido novo e podem formar uma espécie de borra no sistema.
Não acho que valha à pena correr o risco.
Aproveite a ocasião e lave o sistema, completando-o com fluido novo e melhorando sua funcionalidade.
O amigo não vai se arrepender.
Olá, brother tudo bem? Gostaeia de tirar uma dúvida. Sou dono de um astra 1.8 2000 direção eletro hidráulica quero fazer a troca do fluído por esta baixo e não sei a quanto tempo está em uso no manual do proprietário simplesmente diz que o fluído é pentosin nada além disso, você sabe qual tipo do óleo e seus similares? Desde já grato pela atenção Deus abençoe gorte abraço.
ResponderExcluirOlá, brother tudo bem? Gostaeia de tirar uma dúvida. Sou dono de um astra 1.8 2000 direção eletro hidráulica quero fazer a troca do fluído por esta baixo e não sei a quanto tempo está em uso no manual do proprietário simplesmente diz que o fluído é pentosin nada além disso, você sabe qual tipo do óleo e seus similares? Desde já grato pela atenção Deus abençoe gorte abraço.
ResponderExcluirOlá, brother tudo bem? Gostaeia de tirar uma dúvida. Sou dono de um astra 1.8 2000 direção eletro hidráulica quero fazer a troca do fluído por esta baixo e não sei a quanto tempo está em uso no manual do proprietário simplesmente diz que o fluído é pentosin nada além disso, você sabe qual tipo do óleo e seus similares? Desde já grato pela atenção Deus abençoe gorte abraço.
ResponderExcluirO fluido para a direção eletro hidráulica do Astra é o Pentosin CHF 11S. É um fluido caro, principalmente no nosso Brasil. Te aconselho a usar o Total Fluide LDS, que é sintético, e repete as características básicas do Pentosin. Trata-se de um excelente produto! Obrigado por visitar este espaço. Repasse para os amigos.
ExcluirBoa noite.
ResponderExcluirTenho uma Pegeout Boxer 2.3 2010/11.
Preciso trocar o óleo hidráulico dela e o manual diz Total Fluide Atx.
Mas não tô encontrando ele, qual seria o equivalente a ele ou superior pra eu usar?
No aguardo e obrigado.
Prezado Robson,
ExcluirO tal TOTAL FLUIDE ATX nada mais é que um ultrapassado fluido de classificação DEXRON II-D, com índice de viscosidade algo alto.
Eu usaria, no lugar do mesmo, um bom fluido LUBRAX ATF TDX, que custa coisa de R$ 13,00, cada 500 ml.
É um fluido superior, em termos de qualidade, frente ao utilizado originalmente pela Peugeot.
Olá amigo, parabens pelo blog!!!
ResponderExcluirno Classic 2009 o manual da GM recomenda o DEXRON II, e como vc mencionou este é ultrapassado. existe algum fluido mais atualizado que possa substituir o DEXRON II no classic 2009?
no aguardo e obrigado.
Caro Rafael,
ExcluirUse, com inúmeras vantagens, o fluido DEXRON VI, que não te trará quaisquer problemas por um longo período de bons serviços.
A duração desse fluido é, no mínimo, o dobro do que duraria um bom DEXRON III, que já é superior ao que está no teu carro.
Por aí, o amigo já verá as vantagens que terá.
Bom dia
ResponderExcluirtenho um ford focus 2011 sigma 1.6 manual. Qual óleo de direção hidráulica posso utilizar, visto que no manual não tem.
Usaria o que há de mais moderno, atualmente, para os sistemas de direção hidráulica que, no vosso caso, seria um fluido do tipo DEXRON VI, semissintético ou sintético.
ExcluirA Ford indica o fluido da marca Motorcraft que, nada mais é, que um fluido de classificação DEXRON III.
Substitua o fluido, em sua inteireza, pelo DEXRON VI e tenha o sistema de direção hidráulica em ordem por muitos anos.
Um abraço grande e peço que divulgue o blog para amigos e familiares.
Eduardo, li este post e achei muito bom! Mas me tira uma dúvida, Apesar de estarmos tratando de fluido de direção, este também é utilizado em algumas transmissões, como vc mesmo cita. Neste contexto, e pensando em por o melhor fluido lubrificante em meu focus 1.6 sigma manual, eu poderia pensar em substituir, além do fluido da direção, um dexron III, também o fluido da caixa por um dexron VI? Sei que aparentemente são distintos, ou seja na direção o fabricante indica um dexron III e na caixa de mudanças um SAE75W90.
ResponderExcluirPrezado Anderson,
ExcluirPara a tua caixa de marchas eu indico um Lubrax Gold ou um Valvoline Full Synthetic ou um Motul Gear 300, pois o óleo nada tem a ver com o fluido hidráulico da tua direção hidráulica.
Todos os óleos que te indiquei são "top de linha" e vão te atender com perfeição, prolongando e muito a vida útil da tua transmissão.
Um abraço grande e continue a acessar o blog, pois vem novidades aí...
Olá amigo, parabéns pelo Blog! Eu tenho um C4 Pallas Exclusive 2009 e está com 105.000 km rodados. Ultimamente, de vez em quando, a marcha da um tranco e trava na 3a. Pra poder sair desse problema, tenho que parar e desligar o carro. Estava querendo trocar o óleo da caixa e também as 2 solenoides, o filtro de óleo e a junta do cárter.
ResponderExcluirVocê acha que trocando essas peças resolveria esse problema?
Estava pensando em colocar 7 litros do óleo Pentosin, que ouvi dizer que na colocação desse óleo, não poderia misturar com o óleo original.
Aliás, ouvi dizer que o Pentosin é o melhor que tem.
Gostaria de sua opinião, ela é muito importante.
Obrigado pela atenção!
Boa noite,
ExcluirObrigado por elogiar o blog!
Prezado, vamos lá: Se começou a haver o travamento em 3ª marcha, já há indícios de queda de pressão no câmbio, o que o leva a recorrer ao modo de emergência.
Te indico, além da troca do fluido, não pelo Pentosin, mas por um bom DEXRON VI sintético (que é deveras melhor que o velho Pentosin DEXRON III...), a troca dos anéis de vedação do câmbio e uma revisão criteriosa nas buchas das pontas de eixo no interior do câmbio, OK.
São pontos desprezados, muitas vezes, pelos reparadores, e que levam o câmbio, pouco tempo após manutenções demoradas e caras, a dar defeito novamente.
Se vai abrir, troque as solenóides, juntas, cintas, filtro e, também, pistões...
Faça uma revisão completa e, após o término, procure pela atualização mais recente de software para a caixa, pois a mesma terá a sua vida prolongada.
Se restar alguma dúvida, pode perguntar. Posso demorara a responder, pois estou muito envolvido em estudos e trabalho, mas sempre vou dar um feedback, OK.
Um abraço enorme e boa sorte com o carro, que é uma delícia!
Ok amigo obrigado pela atenção e resposta.
ExcluirNo caso, eu trocando o óleo de imediato por esse DEXRON VI, a troca tem que ser a completa (7 litros), certo?
Mais uma coisa, você conhece ou indica alguma oficina ou mecânico especializada nesse tipo de câmbio para que possa fazer esses reparos aqui no Rio de Janeiro?
Mais uma vez, muito obrigado pela atenção! 👍
Olá! Acabei ficando com uma dúvida... Seria possível completar o nível do EcoSport 2012 (especificação WSA-M2C195-A) com o ATF Dexron II?
ResponderExcluirMuito obrigado pelo esclarecimento.
Abs,
Aloisio
Olha, é sempre um "bálsamo" ler textos mais embasados e técnicos sobre tais assuntos, pois reina muita confusão e "palpitagem" nessa área.
ResponderExcluirComo seu texto refere-se a caixas de direção, pergunto: Para câmbios automáticos vale a mesma coisa? Eu tenho um Civic 1993 cujo manual especifica Dexron II para o câmbio, eu posso colocar o Dexron III ou IV? Já perguntei na própria Honda e uns funcionários dizem que sim e outros que não (ou seja, até eles ficam perdidos!). Enfim, posso usar ou continuo com o Dexron II original?
Outra pergunta: O fluido que a Honda comercializa para câmbio AT (não-CVT) hoje é o ATF-Z1, que segundo pesquisei, é um Dexron III. Mas a Honda jura que é diferente e não recomenda colocar o Dexron III em substituição. Isso é verdade ou puro marketing?
Grato!!!
Me ajude Xamã.... tenho um ford focus 2008 e quero saber qual eh o oleo de direcao hidraulica certo a ser colocado nele. O manual diz wss m2c 204-a ou wss m2c 195-a
ResponderExcluirEu nao encontro tais oleos pra comprar nas auto pecas e quero mto substituir.
Qual eh esse bendito oleo pode me ajudar?
Tem algum mais facil de achar que atenda essas especificacoes??
Obg
Discordo do Xamã em um ponto fundamental! Se o manual manda usar Dexron II, use DEXRON II !!! Isso aqui não é igual oleo de motor! API SL, etc.. que pode usar superior! Há diferenças significativas de viscosidade de dexron II para um IV por exemplo, logo, não se deve pensar como " use o superior, como se faz com oleo de motor". O que se pode, logicamente falando é usar um Dexron III H quando se pede um Dexron III (E, G) por exemplo, Ficando dentro do Dexron III, como o fabricante recomendou, o que é muito mais seguro. No meu Azera troquei o oleo do câmbio e usei obviamente um Dexron III H da Valvoline, porque o manual pede Dexron III !!! Ficou ótimo! Mesmo com alguns revendedores "achistas" recomendando Dexron VI. Jamais pagaria pra ver! A viscosidade é muito diferente, assim como o índice de viscosidade. A chance de dar zebra é grande.
ResponderExcluirEstá enganado ! O dexron 2 ao 6 muda somente aditivos. Igual óleo de motor SL, SM, SN ...
ExcluirPode pesquisar !!!!
Direção hidráulica idem. Pede Dexron II, melhor seguir a recomendação. Pra que fazer diferente? O manual indicaria possibilidades se pudesse ou tivesse superior no caso. Fique com o garantido. No meu Vectra substitui com Dexron II D GM na direção hidráulica. Perfeito!
ResponderExcluirPode colocar o dexron 6, só muda os aditivos e são melhores
ExcluirO oleo da direção hidraulica da volksvagen g004000m2 é sintético ou semi sintético.
ResponderExcluirsintético
ExcluirBoa noite amigo....tenho uma EFFA PLUTUS 2011/2012, então se bem entendi, devo usar o Dexron VI no hidraulico dela, sem medo, correto?
ResponderExcluirAmigo, óleo para kia, Hyundai e Honda, especificação psf pode ser trocado por dexron 6?
ResponderExcluirManual do meu vectra 96 recomenda Dexron II ,posso utilizar ATF Sufixo A? São equivalentes?
ResponderExcluirTenho um polo sedan 1.6, ano 2006, flex, cambio manual. A VW recomenda usar um fluido sintético G004000M2. Posso substituir por um sintético DEXROM 6 ATF da valvoline? (resposta se possível no meu e-mail: socrammonteiro@gmail.com OBRIGADO!!
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